Sabe-se que a realização de vacinação para COVID 19 em três doses diminui significativamente o risco de internação e óbito por COVID 19.
ObjetivoO objetivo deste estudo foi analisar o perfil vacinal prévio à internação, de pacientes que evoluíram para óbito no período analisado no Hospital Espanhol em Salvador - Bahia e correlacionar com aumento da mortalidade.
MétodoMétodos: Estudo de análise retrospectiva através de avaliação do cartão vacinal dos pacientes admitidos no hospital Espanhol no período de abril de 2021 a março de 2022. Os dados foram analisados no SPSS (versão 20.0), através de estatística descritiva e inferencial. Foram considerados estatisticamente significantes os valores de p < 0,05. Foram incluídos todos os pacientes admitidos e feita uma análise de vacinas realizadas naqueles que evoluíram para óbito. A quantidade de doses de vacinas realizadas previamente à internação foi computada.
ResultadosForam incluídos 515 pacientes internados, sendo 507 destes, vacinados com pelo menos 1 dose e 8 não vacinados (6.1%). Dos vacinados que tiveram alta, 57 pacientes fizeram 1 dose (13%), 249 pacientes fizeram 2 doses (58%) e 165 pacientes fizeram 3 doses (38%). A média de idade foi de 62,5 ± 14,7 anos, com 60% dos pacientes do sexo masculino. Foram notificados 83 óbitos e 424 pacientes tiveram alta. Do total de óbitos, 10 pacientes tinham apenas 1 dose (12%), 43 tinham 2 doses (50%) e 30 tinham 3 doses (36%) Observa-se que a grande maioria dos pacientes que evoluíram desfavoravelmente (64%) tinham no máximo duas doses, o que corrobora com a literatura, reiterando que a ausência da dose de reforço pode aumentar a morbimortalidade.
ConclusãoA dose de reforço pareceu fundamental para diminuição das complicações como óbito por COVID -19 na população analisada, assim como demonstra a literatura.