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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐141
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS NOTIFICAÇÕES DE LEISHMANIOSE VISCERAL EM GOIÁS DE 2015 A 2019
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Isabela Costa Monteiro, Ana Luiza Naves Prudente, Júlia Fonseca Carneiro, Hadassa Motta de Paula Mariano, Jacqueline Moraes Gomes, Marco Antonio Monteiro
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença tropical negligenciada, a leishmaniose visceral (LV) é uma antropozoonose transmitida por flebotomíneos Lutzomyia, possuindo como principais reservatórios, em meio urbano, os cães e, em ambiente silvestre, as raposas e os marsupiais. Assim como outros estados brasileiros, Goiás é área endêmica para LV e registra altas taxas de letalidade.

Objetivo: Delimitar o perfil epidemiológico, a partir de casos confirmados notificados de LV, em Goiás, por faixa etária, evolução, escolaridade, etnia e sexo, no período de 2015 a 2019.

Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo observacional, com dados provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). Como critério de exclusão, foram descartados todos os casos com dados ignorados.

Resultados: Notou‐se que o maior índice de notificações de LV em Goiás ocorreu na faixa etária entre 0 e 19 anos, com taxa de 48,52%, o que também é visto em outros estudos. Essa maior suscetibilidade ocorre, possivelmente, devido ao contato mais frequente com o vetor, estado imunológico mais debilitado devido à desnutrição. A doença foi predominante no sexo masculino, representando 65,89% do total de casos notificados desse estado, achado que é concordante aos índices nacionais. Essa diferença entre os gêneros ocorre, provavelmente, em função da maior exposição ao vetor e aos fatores de risco. Em relação à etnia, a doença esteve mais associada à população parda (77,16%), fato concordante com achados a nível nacional. Sobre a escolaridade dos indivíduos infectados, 24,48% possuíam 5ª a 8ª série incompleta do Ensino Fundamental. Esse acometimento mais frequente em pessoas com baixa escolaridade também é confirmado em outros trabalhos. Por fim, 80,85% das notificações evoluíram para a cura da doença. Essa alta proporção de cura pode ser em função do preparo dos serviços de saúde do estado.

Discussão/Conclusão: A LV possui grande representatividade em Goiás, havendo mais casos em indivíduos jovens, masculinos, pardos, com ensino fundamental incompleto. A maioria dos pacientes têm prognóstico de cura, o que mostra o bom desenvolvimento das técnicas terapêuticas para o tratamento dos doentes. Contudo, a profilaxia da LV ainda é algo que as políticas públicas do Estado deixam a desejar.

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