12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: Febres hemorrágicas virais denominam‐se uma série de doenças virais, como arboviroses, que ocorrem em todo o mundo e apresentam sintomas de febre e hemorragia. São causadas por 4 tipos diferentes de vírus RNA e, por serem zoonoses, são transmitidas por artrópodes ‐ insetos e aracnídeos. São doenças graves, com alta letalidade, que induzem distúrbios hemorrágicos como extravasamento de fluidos, plaquetopenia e o consumo de fatores de coagulação, acometendo órgãos importantes como fígado, rins e sistema nervoso central.
Objetivo: Apresentar os índices de mortalidade ocasionada por febres por arboviroses e por febres hemorrágicas virais por idade segundo as 5 regiões brasileiras Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro Oeste, entre 2013 e 2017.
Metodologia: Foi realizado um levantamento sobre a mortalidade por febres por arboviroses e por febres hemorrágicas virais em relação à idade no Datasus referente às regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro‐Oeste durante o período de 2013 a 2017.
Resultados: De acordo com os dados do Datasus, em 2013, o total de óbitos foi de 723, sendo 306 no Sudeste, apresentado o maior índice, e 32 no SUL, com o menor índice, nas idades entre 50‐59 anos. Em 2014, o total foi de 537 obitos, sendo o maior índice de 192 no Sudeste, e o menor no SUL, com 25 óbitos, entre 40‐49 anos. Em 2015, totalizaram 1063 óbitos, sendo 583 na região Sudeste, e 26 no SUL, em indivíduos com mais de 80 anos. Em 2016, o total de mortes foi de 1372, sendo o Nordeste a região com maior índice, apresentando 607 mortes, e o menor no Norte, com 35, em indivíduos com mais de 80 anos. Por fim, em 2017, o total de mortes foi de 824, sendo o Sudeste com 355, e SUL, 5, também em indivíduos com mais de 80 anos.
Discussão/Conclusão: O número de óbitos aumentou significativamente até 2016, apenas diminuindo em 2017. O Sudeste foi a região com maior índice, exceto em 2016, em que a região Nordeste prevaleceu; e o menor índice de mortes foi do SUL em todos os anos, exceto em 2016, em que o Norte prevaleceu. Evidencia‐se, portanto, que tais doenças têm se tornado importantes ameaças em regiões tropicais devido as mudanças climáticas frequentes, desmatamentos e precariedade de condições sanitárias, favorecendo a transmissão viral. Diante disso, a Vigilância em Saúde necessita realizar ações de práticas de prevenção, realizando debates para resolução do problema.