12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: Em dezembro de 2019, a China informou à OMS casos de pneumonia com etiologia, a princípio, desconhecida na cidade de Wuhan. Hoje, têm‐se como dados 38 milhões de infectados pelo coronavírus e mais de 1 milhão de mortes reportadas pelo mundo, caracterizando‐se como a maior pandemia dos últimos tempos. Nesse sentido, faz‐se necessário o entendimento da evolução epidemiológica do COVID‐19 em algumas regiões.
Objetivo: Analisar os dados e delinear o perfil epidemiológico da pandemia por COVID‐19 no estado de Minas Gerais, Brasil, no período de março a agosto de 2020 com fins a entender melhor como tem se configurado a expansão das contaminações.
Metodologia: Trata‐se de um estudo epidemiológico, descritivo e secundário, que se valeu dos dados obtidos pelo DATASUS, analisando‐se os números de casos e óbitos disponibilizados em relação ao estado de MG.
Resultados: No período identificado e a partir do boletim epidemiológico especial, semana 40, observa‐se o Brasil como sendo o terceiro país em relação aos quantitativos de casos de COVID‐19 no mundo (4.906.833) e em segundo em relação aos óbitos (145.987), sendo que os maiores registros até a presente data ocorreram dia 29 de julho. Em relação a Minas Gerais, apesar de apresentar uma estabilização no número de casos (325.972), observa‐se que ainda registra os maiores números se comparados com os demais estados e apresenta uma redução do número de óbitos (8.171, cerca de ‐26%). Os municípios com maior contabilização de novos casos em Minas são: Uberlândia (2456), Belo Horizonte (1784) e Betim (1114), sendo Belo Horizonte (43496) e Uberlândia (31544) os municípios que apresentam os maiores números totais de casos confirmados. O perfil epidemiológico dos casos que evoluíram a óbito em Minas demonstra um leve predomínio dos casos na população parda (44%) e do sexo masculino (57%), na faixa etária acima de 60 anos (80%). Além disso, 75% dos casos possuíam algum tipo de comorbidade, sendo a cardiopatia (64%) a mais predominante.
Discussão/Conclusão: Nesse sentido, nota‐se que o COVID‐19 no âmbito do estado de Minas Gerais, apesar de relativa estabilização dos casos, continua a ser um agravo sério e complexo, e assim as autoridades precisam de permanecer em alerta, principalmente no perfil epidemiológico apresentado (homem, pardo, acima de 60 anos com comorbidades) para que a pandemia seja realmente controlada e não ocorra um novo aumento como já se observa em alguns países europeus.