Journal Information
Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
Full text access
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NO CENTRO-OESTE: DA ENDEMIA À EPIDEMIA
Visits
46
Manuela Zaidan Rodrigues, Larissa Bevilaqua Sampaio Contreiras, Leandra Lucas Nogueira, Katharina Rezende Esterl, Maria Eduarda Barbosa de Sousa, Júlia Anastácio Furtado, Lucas Fruet Sperandio, Pedro Paulo Cruz de Oliveira Silva, Melissa Gomes Carvalho, Letícia Olivier Sudbrack
Graduação em Medicina, Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

More info
Introdução

A dengue é uma arbovirose de incidência crescente em países de clima tropical, sendo no Brasil uma doença endêmica. Existem quatro sorotipos do vírus causador da dengue em humanos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. O acompanhamento do número de casos durante os períodos do ano nas regiões é de suma importância para a elaboração de estratégias de controle.

Objetivo

Revisar e analisar os números de casos ao longo dos meses, sorotipos mais prevalentes e o desfecho das notificações de dengue nos últimos 5 anos na Região Centro-Oeste (CO).

Metodologia

Trata-se de um estudo transversal de análise de dados do DATASUS. Limitou-se a busca para o período de 2019 a março de 2024. Foram avaliados os casos de dengue notificados na região CO do Brasil, o estado, os sorotipos, o mês, hospitalizações e óbitos.

Resultados

Durante o período de 2019 a 2024, ocorreram 1.276.647 notificações de dengue na região CO do Brasil. Os sorotipos mais prevalentes foram DENV-1 (57%) e DENV-2 (42,5%). Em 2022, havia sido registrado o maior número de casos notificados totalizando 341.205. No entanto, no primeiro bimestre de 2024 registrou-se 198.511 casos, superando em 335% o mesmo período em 2022 (59.171) e ainda resultando em um recorde de 8.965 hospitalizações. O estado mais afetado foi Goiás (218.555; 46,9%) e o mês de maior ocorrência foi fevereiro (250.778; 19,6%), correspondendo ao período pós-chuva na maioria dos estados. Apesar disso, a maioria dos casos (99,8%) evoluiu para a cura, embora 882 óbitos tenham sido registrados até o momento.

Conclusões

O aumento expressivo de casos em 2024 caracteriza uma epidemia ao superar o número de casos esperados (endêmico) para o período. A alta taxa de hospitalização está relacionada ao maior número de casos registrados no período e à ausência de vacinação da população até 2024. O número de casos e sorotipos prevalentes são importantes para a tomada de decisões e políticas públicas para o enfrentamento de epidemias. Apesar da introdução da vacina QDenga no SUS em 2024 não foi possível impedir a epidemia pelo momento tardio em que foi distribuída em relação ao momento de maior ocorrência da doença e pela sua baixa capacidade de produção, o que restringiu sua disponibilidade. Destaca-se a importância da conscientização e educação sobre medidas a serem instituídas para redução de criadouros de mosquitos, importância da vacinação, bem como incentivo para produção nacional em grande escala de vacinas quadrivalentes.

Palavras-chave:
Dengue
Perfil epidemiológico
Epidemia
Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools