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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 60 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 60 (December 2018)
EP‐051
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PERFIL DOS PACIENTES COM HEPATITE C CRÔNICA EM FALHA TERAPÊUTICA COM DROGAS ANTIVIRAIS DE AÇÃO DIRETA (DAAS) ENTRE 2016 E 2017 DO AMBULATÓRIO DE MOLÉSTIAS INFECCIOSAS DE JUNDIAÍ, SP
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Ana Claudia M. Barbosa Diaz, Flávia M. Gennari Pinheiro, Rafaella S. Gomes Mattosinho, Silas Rocha Neves, Edilson Madureira Reis, Maria do Carmo Costa Brum, Letícia Pisoni Zanaga
Ambulatório de Moléstias Infecciosas de Jundiaí, Jundiaí, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 2 ‐ Horário: 13:51‐13:56 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Terapias combinadas com DAAs são altamente efetivas, independentemente do genótipo, estágio da doença e da história terapêutica da hepatite C. Entretanto, estão sujeitas a falhas em 2 a 5% dos casos, valores aparentemente desprezíveis se desconsiderarmos o universo de 71 milhões de infectados pelo HCV no mundo. Opções de retratamento ainda são limitadas e desafiadoras, especialmente se com uso prévio de inibidores de NS5A. Nesse cenário, a identificação de fatores associados à falha terapêutica se impõe na programação da terapia de resgate.

Objetivo: Descrever o perfil de pacientes com hepatite C crônica em falha terapêutica com DAAs.

Metodologia: Estudo transversal que incluiu pacientes tratados com DAAs de janeiro de 2016 a dezembro de 2017.

Resultado: De 251 pacientes tratados, 230 atingiram RVS e 12 não concluíram avaliação de resposta virológica. Nove evoluíram em falha terapêutica com taxa aproximada de insucesso de 4%, foram oito pacientes masculinos, entre 44‐64 anos, quatro previamente tratados, três coinfectados (CD4>500 céls/ml, 1 com carga viral HIV detectável) e seis cirróticos (quatro com hipertensão portal). Os genótipos observados foram 1A (2/3 casos) e 3, com carga viral HCV>500.000 UI/ml em seis indivíduos. Os fatores potencialmente implicados na falha terapêutica foram: regime terapêutico inadequado em três casos (dois cirróticos genótipo 3 com uso de SOF+DCV+RBV por 12 semanas conforme protocolo vigente na época e um cirrótico genótipo 1A Child‐Pugh B8 com uso de SOF+SMV+RBV por 12 semanas classificado como A6 à prescrição); interações medicamentosas em um caso (uso indevido de fenobarbital); tolerabilidade reduzida em todos os casos (seis cursavam com anemia e um com cegueira noturna); presença de comorbidades psiquiátricas em três casos (dois diagnósticos de depressão e um de esquizofrenia); uso abusivo de álcool em um caso, risco de reinfecção em um caso (HSH sem parceiro fixo) e adesão comprometida em vários casos (um relato de falha e três de atraso nas tomadas de DAAs, cinco faltosos a consultas e exames e um vulnerável social). Os pacientes exibiram em média dois a três fatores possivelmente associados ao insucesso.

Discussão/conclusão: Como o retratamento raramente constitui urgência, empreender criteriosa avaliação de fatores como adesão, regime terapêutico, interações medicamentosas, tolerabilidade, uso de álcool ou drogas, resistência, outros tópicos médicos e não médicos e risco de reinfecção pode ser diferencial, se considerarmos o frequente caráter multifatorial da falha e as limitações terapêuticas para resgate.

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