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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐315
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PERFIL DE RESISTÊNCIA BACTERIANA NAS ITU COMUNITÁRIAS: A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE PERIÓDICA DAS UROCULTURAS PARA A ESCOLHA DO TRATAMENTO ADEQUADO
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Ana Flávia Parreira de Morais, Murilo Henrique Fabri Tomazini, Maria Auxiliadora M. Carvalho Pedigone
Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Infecção do trato urinário (ITU) define infecções que envolvem qualquer parte do trato urinário. A etiopatogenia está relacionada a fatores do micro‐organismo, como virulência e resistência a antimicrobianos, e fatores do hospedeiro. O germe mais prevalente nas ITU comunitárias é a Escherichia coli, responsável por 80 a 90% das infecções, seguido por Staphypoloccus saprophyticus e enterobactérias, como Klebsiella pneumoniae, Enterobacter e Proteus mirabilis. Pacientes portadores de ITU sintomática são usualmente tratados com antimicrobianos, os quais podem levar a resistência bacteriana e surgimento de microrganismos resistentes (Multi‐R).

Objetivo: Analisar os germes prevalentes nas uroculturas realizadas em pacientes ambulatoriais, comparar o padrão de resistência dos 3 principais microrganismos isolados e mostrar a importância da análise periódica das uroculturas para escolha do tratamento adequado.

Metodologia: Trata‐se de um estudo descritivo, retrospectivo, transversal e analítico, baseado em uroculturas realizadas em um ambulatório médico do Sistema Único de Saúde (SUS). Os resultados das uroculturas foram obtidos através de um banco de dados anônimo, no período de janeiro de 2015 a dezembro 2018. Foi apurada uma média a partir das taxas de resistência detectadas e realizada análise estatística comparando o perfil de resistência aos antimicrobianos utilizados no tratamento empírico das ITU comunitárias.

Resultados: Nas 1.272 uroculturas positivas houve crescimento de E. coli em 70% das amostras, seguido por K. penumoniae (11,4%) e P. mirabilis (4%), sendo que 21,3% foram bactérias multirresistentes, tendo havido diferença estatisticamente significativa nas taxas de resistência apresentadas pelos germes prevalentes frente a esses antimicrobianos.

Discussão/Conclusão: Este estudo fornece subsídios para elaboração e revisão periódica de um protocolo municipal para tratamento empírico das ITU comunitárias, a ser baseado na análise dos resultados das uroculturas e antibiogramas. Notou‐se altas taxas de resistência ao SMX‐TMP, medicamento muito utilizado na prática clínica para tratamento dessas infecções, sendo a nitrofurantoína uma escolha mais adequada nessa situação.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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