Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐316
Full text access
AUDITORIA DO USO DE POLIMIXINA B EM PACIENTES HOSPITALIZADOS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO PÚBLICO
Visits
3454
Monica Peduto P. Rodrigues, Cristiano de Melo Gamba, Cibele L. Fonseca, Daniela Kalliope, Augusto Yamaguti, João Silva de Mendonça, Thaís Guimarães
Hospital do Servidor Público Estadual, São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: As polimixinas mantem seu papel no arsenal terapêutico para infecções por bacilos gram negativos devido ao uso consagrado e menor custo, mas mostra desvantagens com relação a efeitos colaterais, farmacocinética e farmacodinâmica (Pk/PD). Há outros estudos de polimixinas com relação a PK/PD, toxicidade e desfecho.

Objetivo: Auditar o uso de polimixina B em pacientes internados no HSPE, em relação à indicação terapêutica e posologia; analisar a incidência de eventos adversos relacionados ao uso e os fatores de risco para mortalidade hospitalar.

Metodologia: Estudo prospectivo através de prontuários de pacientes internados no HSPE de outubro a dezembro/2019. Avaliamos dados demográficos e clínicos: sítio de infecção, escore de Charlson (EC), função renal, efeitos adversos, indicação de uso da polimixina B, posologia e a mortalidade hospitalar. Comparamos os fatores relacionados a mortalidade: análise uni e multivariada.

Resultados: Analisamos 36 prescrições de polimixina B, 20 (55,5%) sexo feminino com idade média de 64,5 anos. A média do EC de foi 6,9; 24 (66,7%) dos pacientes possuíam EC>5. Pneumonia e infecção da corrente sanguínea foram mais frequentes (39 e 25% dos casos). A polimixina B foi prescrita empiricamente para 21 (58%) pacientes e em 15 (42%) o tratamento foi dirigido, sendo a K. pneumoniae resistente responsável por 67% dos casos. Em 12 (33,3%) dos pacientes receberam dose de ataque, destes somente 4 (33,3%) fizeram a dose adequada. A dose de manutenção foi adequada em 6 (16,7%) dos pacientes e a correção para a função renal foi realizada em um paciente (2,8%). Dos pacientes com disfunção renal prévia ao uso da polimixina B (n=22), em 6 (27,3%) houve piora da creatinina basal do D2 e 3 (13,6%) no D7 e destes, 5 (22,7%) precisaram de diálise. Pacientes sem disfunção renal prévia (n=14), 2 (14,3%) tiveram piora da creatinina basal do D2 e 1 (7,1%) teve piora da creatinina basal do D7, nenhum destes necessitou de diálise. Internação em UTI foi fator de risco para mortalidade com OR=4,4 (IC95% 1,05‐18,8).

Discussão/Conclusão: Internação em UTI foi único fator de risco para mortalidade. Nenhuma outra variável foi associada com maior risco para mortalidade, talvez pelo número pequeno da nossa amostra. A prescrição é feita prioritariamente de forma empírica, na forma dirigida foi 100% adequada. Nefrotoxicidade predominou em pacientes com disfunção renal prévia. Necessita‐se melhorar a prescrição de polimixina B para doses de ataques e manutenção, e outros estudos para avaliar eficácia e toxicidade.

Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools