12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: O diagnóstico diferencial, em meio a pandemia ocasionada pelo SARS‐Cov2, com outros vírus respiratórios é principalmente relacionado ao vírus influenza. Ambas causam doenças respiratórias, mas existem diferenças importantes entre os dois vírus e a forma como eles se propagam. No Brasil, os vírus influenza prevalentes são o Influenza A e o Influenza B.
Objetivo: Analisar quadro clínico e epidemiológico de crianças internadas com suspeita de COVID‐19 e positivas para Influenza em hospital de referência do Recife.
Metodologia: Estudo descritivo transversal, tipo série de casos, incluídos pacientes com teste sorológico e RT‐PCR para COVID‐19 negativos e positivos para Influenza tipos A ou B, com ou sem comorbidades, internados em hospital de referência em Recife/Pernambuco no período de março/2020 a setembro/2020.
Resultados: De um total de 289 pacientes confirmados e suspeitos para COVID‐19, 08 deles testaram positivo para influenza tipo A e 02 testaram positivo para influenza tipo B, sendo todos negativos para COVID‐19, internados em hospital de referência em Recife‐PE, dos quais 7 (70%) do sexo masculino e 3 (30%) do sexo feminino. Dos 10 pacientes, 1 (10%) tinha Ependimoma, 1 (10%) anemia falciforme e Asma, 4 (40%) com asma e os outros 4 (40%) sem comorbidades. A idade variou de 11 meses a 09 anos e 4 meses. Os primeiros sintomas até a coleta do primeiro swab variou de 1 a 7 dias. Dos 10 pacientes, 9 (90%) tiverem queixa e febre, 1 (10%) com coriza, 6 (60%) com dispneia, 9 (90%) com tosse, 1 (10%) com diarreia, 1 (10%) com mialgia, 1 (10%) odinofagia, 1 (10%) com convulsão febril e 1 (10%) com cianose. Quanto ao suporte 2 (20%) pacientes com necessidade de internamento na UTI. Tempo de internação variou de 1 a 4 dias e todos tiveram alta domiciliar.
Discussão/Conclusão: Apesar do quadro clínico do SARS‐CoV‐2 e do vírus Influenza serem semelhantes, nenhum paciente da amostra analisada apresentou coinfecção desses vírus. As duas infecções causam doenças respiratórias, que podem ser assintomáticas ou leves, podendo evoluir para casos graves e até a morte. Além disso, ambos os vírus são transmitidos por meio de gotículas ou contato. Dessa forma, as mesmas medidas de saúde pública, como higiene das mãos e etiqueta respiratória, são ações fundamentais para prevenção de ambas as infecções, sendo necessário incluir outros vírus no diagnóstico diferencial.