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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐026
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COMORBIDADES ASSOCIADAS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS POSITIVOS COM COVID‐19
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Ana Luíza Nogueira Gonçalves, Amanda Carvalho Feitoza, Lucas Japhet Valença Albuque, Ana Carla Augusto Moura Falcão, Maria Ângela Wanderley Rocha, Diana Maria Gouveia Aires Novais, Paula Teixeira Lyra, Regina Coeli Ferreira Ramos
Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A doença pelo coronavírus 2019 (COVID‐19) é causada pelo virús da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS‐CoV‐2) e foi disseminada mundialmente em proporções pandêmicas. Crianças e adolescentes com comorbidades ou doenças crônicas preexistentes, assim como os que estão sob tratamento imunossupressor ou biológico, tem maior risco de desenvolvimento das formas graves de COVID‐19

Objetivo: Avaliar a associação de comorbidades em pacientes pediátricos internados com COVID‐19 e seus desfechos clínicos.

Metodologia: Estudo descritivo transversal tipo série de casos, incluídos pacientes pediátricos de 3 meses a 15 anos confirmados com COVID‐19 em teste RT‐PCR durante internamento em hospital de referência de Recife‐PE, analisando as comorbidades associadas ao quadro de março/2020 até setembro/2020. Foram excluídas crianças com resultado negativo em exame RT‐PCR para SARS‐Cov2 por swab ou teste rápido para Covid‐19 e com resultado positivo para covid‐19, mas sem comorbidades.

Resultados: Do total das 289 crianças internadas, 99 foram confirmadas para COVID‐19 e destas 34 crianças com RT‐PCR para SARS‐Cov2 positivas e com presença de comorbidades. 16 (47%) do sexo feminino. 10 (29%) com Asma, 2 (5%) com Obesidade, 1 (2%) com Desnutrição, 2 (5%) com Sindrome de Down, 2 (5%) com Síndrome Congênita do Zika, 5 (14%) pacientes oncológicos, 1 (2%) com fibrose cística, 1 (2%) com Diabetes Miellitus tipo 1, 1 (2%) com adrenoleucodistrofia, 2 (5%) com síndrome nefrótica, 2 (5%) com hidronefrose bilateral, 1 (2%) com anemia falciforme, 1 (2%) com transtorno de ansiedade, 4 (11%) com atraso do desenvolvimento neuro‐psicomotor, 1 (2%) em investigação para imunideficiência, 1 (2%) com doença do refluxo gastroesofágico, pé torto congênito e hipomelanose de ito. 12 (35%) necessitaram de internamento em unidade de terapia intensiva, sendo 3 (25%) destes com oxigenoterapia por ventilação mecânica assistida e 3 (25%) cateter nasal de oxigênio. A média de tempo de internamento foi 11,4 dias, tendo a maioria das crianças alta domiciliar, 1 (2%) encaminhada para outro serviço e 1 óbito (2%).

Discussão/Conclusão: Crianças e adolescentes com doenças crônicas oncológicas, fibrose cística e Síndrome Congênita do Zika parecem ter maior risco de infecção por COVID‐19 e complicações do que indivíduos previamente saudáveis. Fica o alerta quanto a maior necessidade de acompanhamento e cuidados preventivos para o grupo de risco seja em adultos ou crianças.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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