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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐265
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PARACOCCIDIOIDOMICOSE DISSEMINADA EM PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO
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Vanessa Caroline R. Magalhães, Daniel Assis Santos, Ana Cláudia Lyon Moura, Dirce Inês Silva, Gabriela Santos Côrrea
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (HC‐UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), Belo Horizonte, MG, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma infecção fúngica sistêmica endêmica na América Latina sendo que cerca de 80% dos casos situam‐se no Brasil, nas regiões sudeste, sul e centro‐oeste. O Paracoccidioides spp. no meio ambiente natural está associado com regiões úmidas, precipitação média a alta, temperaturas amenas e presença de rios, florestas, áreas de lavouras agrícolas e em tatus. A fase primária da micose ocorre, normalmente, em indivíduos jovens como uma doença pulmonar autolimitada, e, raramente, progride para o estado agudo ou subagudo da infeçcão. Uma lesão que esteja latente pode ser reativada alguns anos após o primeiro contato com o fungo, originando uma doença pulmonar crônica, podendo ou não envolver outros órgãos. Nem todos os indivíduos apresentam manifestações pulmonares da doença, a infeção pode disseminar‐se para locais extrapulmonares, como pele e mucosa, linfonodos, glândulas adrenais, fígado e baço.

Objetivo: O presente relato trata‐se de um paciente do sexo masculino, 31 anos, com diagnóstico recente de HIV, natural do Hait, porém residente há 4 anos no Brasil em MG, que foi admitido no Hospital Eduardo de Menezes com epigastralgia, odinofagia, disfagia, vômitos frequentes, picos febris, anemia e neutopenia. O exame de endoscopia digestiva alta demonstrou ulcerações esofagianas, sugestivas de processo infeccioso por Citomegalovírus e o anatopatológico, esofagite crônica leve. Foi instituída uma antibioticoterapia empírica de amplo espectro e Ganciclovir 500mL/dia, por 21 dias. Durante a internação o paciente apresentou lesões disseminadas na pele das quais, após investigação laboratorial de biópsia, tiveram o exame micológico direto e a cultura fúngica positivos para o fungo Paracoccidioides spp. Posteriormente, o fungo foi isolado em amostras de sangue e de aspirado de medula óssea. Iniciou‐se o tratamento com anfotericina B 50mg/dia, por 14 dias, seguido por itraconazol 200mg/dia, por um ano. O paciente evolui com melhora clínica significativa da anemia, neutropenia, ganho de peso e cicatrização das lesões.

Discussão/Conclusão: Sabe‐se que no Brasil, cerca de 1,5% dos pacientes com AIDS apresentam paracoccidioidomicose oportunista, geralmente com lesões disseminadas, e que essa micose foi relacionada a 1,4% das mortes destes pacientes. Dessa forma, conclui‐se que o diagnóstico rápido e assertivo associado ao início imediato da terapia antifúngica foram cruciais para uma boa resposta clínica e sobrevida do paciente com paracoccidioidomicose disseminada.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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