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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐367
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PARACOCCIDIOIDOMICOSE AGUDA/SUBAGUDA COM ARTRITE EM TORNOZELO COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO
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Wdson Luis Lima Kruschewsky, Renata Gregorio Carréra, Bruno Metzker Novais, Tânia Regina Grão‐Velloso, Sarah Santos Gonçalves, Aloísio Falqueto, Marcos Rosa Júnior, Paulo Mendes Peçanha
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma das micoses endêmicas sistêmicas mais importantes na América Latina e no Brasil, sendo causada pelo complexo P. brasiliensis e P. lutzii. Apresenta‐se em duas formas clínicas: crônica, marcada por acometimento pulmonar expressivo e lesões cutaneomucosas, e aguda/subaguda, usualmente em indivíduos abaixo de 30 anos de idade apresentando‐se com linfadenomegalia generalizada, hepatoesplenomegalia e febre. Em ambas as formas, mas sobretudo na aguda, o fungo pode atingir múltiplos tecidos e órgãos por via hematogênica, incluindo ossos e articulações.

Objetivo: Relatar caso de acometimento osteoarticular por PCM aguda/subaguda como primeira manifestação.

Metodologia: Paciente masculino, 26 anos, é admitido referindo dor e edema em tornozelo esquerdo há três meses. Evoluiu com tosse seca, sudorese noturna e febre associados, além do surgimento de linfonodomegalias dolorosas em regiões cervical, retroauricular e occipital. Exames laboratoriais mostraram leucocitose, eosinofilia, VHS e proteína C‐reativa elevados. Ressonância magnética de tornozelo esquerdo revelando lesão de aspecto lítico, com rotura cortical no tálus. Na biópsia articular, foi encontrada osteomielite crônica granulomatosa epitelioide com necrose e formação de tecido de granulação, e biópsia de linfonodo retroauricular evidenciou linfadenite granulomatosa aliada à presença de leveduras com duplo contorno refringente, exibindo brotamentos característicos de Paracoccidioides sp. A sorologia para PCM (imunodifusão dupla) foi positiva (1:16). Foi introduzido itraconazol 400mg/dia, com o paciente apresentando melhora clínica progressiva ao longo de nove meses de tratamento.

Discussão/Conclusão: A manifestação osteoarticular da PCM é rara e mais comumente encontrada na forma aguda/subaguda da doença. Clinicamente, as lesões osteoarticulares podem se manifestar por sinais flogísticos intensos e impotência funcional, ou ainda serem silenciosas, encontradas incidentalmente em exames radiológicos, onde são vistas lesões osteolíticas bem delimitadas, uni ou bilateralmente, não associadas a reação periosteal. Ademais, é possível isolar o fungo no líquido sinovial da articulação afetada. É importante incluir a PCM no diagnóstico diferencial das artrites, sobretudo em pacientes procedentes de áreas endêmicas desta micose. O caso abordado reforça a relevância do diagnóstico precoce de PCM osteoarticular, uma vez que a terapia antifúngica é resolutiva, desde que instituída e mantida por tempo adequado.

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