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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐368
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ASPERGILOSE PULMONAR CRÔNICA: OS DESAFIOS PARA O DIAGNÓSTICO E APLICABILIDADE DE FERRAMENTAS AUXILIARES ‐ RELATO DE CASO
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Mariana Rodrigues Trapaga, Aryse Martins Melo, Vanice Rodrigues Poester, Rossana Patricia Basso, Raquel Sabino, Cristina Verissimo, Jessica Louise Benelli, Gabriel Baracy Klafke, Melissa Orzechowsk Xavier
Laboratório de Micologia, Faculdade de Medicina (FAMED), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Estima‐se que anualmente 3 milhões de pessoas em todo o mundo desenvolvam aspergilose pulmonar crônica (CPA), no entanto, seu diagnóstico é desafiador.

Objetivo: Relatar o caso de um paciente com repetidos isolamentos de A. fumigatus em amostras respiratórias desde 2013, e diagnóstico de CPA confirmado somente em 2019.

Metodologia: Homem, 73 anos, diagnóstico de HIV em 2000 (desde 2010 supressão virológica), ex‐usuário de drogas, tabaco e álcool (abstêmio desde 2008), timoma em 2002, com ressecção cirúrgica. Em 2006 e 2009, apresentou infecção por Mycobacterium avium. Desde 2010, em uso de corticóide inalatório e β2‐agonista para DPOC, infecções respiratórias de repetição e deterioração progressiva de parênquima pulmonar em exames de imagem. Realizadas cerca de 10 investigações para micobacteriose, após tratamento, todas negativas. Em 2013 e 2015, A. fumigatus foi isolado de escarro e LBA, respectivamente. Interpretado como colonização, não houve tratamento antifúngico em ambas ocasiões. Em 2018, A. fumigatus foi novamente isolado de escarro, sendo realizada investigação sorológica, que permitiu o diagnóstico por detecção de anticorpos (IDGA ‐ IMMY®; e ELISA IgG Aspergillus Bio‐Rad®) e antígeno (LFA Aspergillus GM, IMMY®). Paciente não tolerou a terapia com anfo B, recebendo itraconazol (ITC) (200mg; 12/12h). Após 6 meses de tratamento, teve melhora clínica e estabilização do quadro radiológico; e IDGA negativou, sendo indicada manutenção do ITC por mais 6 meses. A análise genotípica pela técnica de microssatélites (alto poder discriminatório: 0,9968), comprovou que três isolados de A. fumigatus obtidos em diferentes momentos eram a mesma estirpe.

Discussão/Conclusão: O diagnóstico da CPA é um desafio pela dificuldade em interpretar o isolamento de A. fumigatus de amostra respiratória, podendo ser contaminação, colonização ou, de fato, uma infecção ativa. Nosso caso ilustra este contexto, no qual esse diagnóstico foi considerado somente após diversos isolamentos fúngicos. O fato de tratar‐se de mesma cepa fúngica isolada nos diferentes anos, sugere a associação deste agente com a deterioração progressiva do parênquima pulmonar; ou ainda uma colonização prévia que culminou com progressão para doença ativa após danos por outras etiologias e/ou uso de corticóide. Em ambos os casos, cabe ressaltar a importância de investigar um paciente com comprometimento pulmonar crônico cujas amostras respiratórias resultem em isolamento de A. fumigatus.

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