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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PANICULITE MESENTÉRICA PÓS-COVID-19 ASSOCIADA À HIPERVITAMINOSE D: RELATO DE CASO EM PACIENTE HIV+
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Camila Rodrigues
Corresponding author
cabtu@uol.com.br

Corresponding author.
, Gabriel Trova Cuba
Serviço de Extensão dos Pacientes, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma doença infecciosa com manifestações respiratórias, porém 1/3 dos pacientes também apresenta sintomas gastrointestinais. Paniculite mesentérica (PM) é uma condição inflamatória rara caracterizada por inflamação inespecífica do tecido adiposo do mesentério intestinal, sua etiologia ainda é desconhecida. O diagnóstico é por tomografia computadorizada (TC) do abdome, com aumento regional na densidade de gordura mesentérica. Descrevemos a associação entre PM, infecção por COVID-19 e subsequente hipervitaminose D (HD) em um paciente HIV+.

Relato de caso

Paciente homem cisgênero, branco, 55 anos, HIV+ desde 1996, com carga viral indetectável desde 2003, uso atual de darunavir 800 mg, ritonavir 100 mg e dolutegravir 50 mg. Apresentou diagnóstico de COVID leve em 01/04/2022, evolui com dores abdominais importantes, internado com diagnóstico de paniculite mesentéricas em 06/04/2022, tratado por 7 dias com ciprofloxacina 500 mg 2x/dia endovenoso (EV) e metronidazol 500 mg EV três vezes ao dia. Em julho de 2022 evolui com fadiga e vertigens, exames com cálcio ionizado 1,76 mg/dL, creatinina 2,34 mg/dL, paratormônio dentro valores normais e 25 OH 241,7 ng/mL, internado por intoxicação de vitamina D em agosto de 2022, feito hidratação EV e pamidronato 60 mg EV. Melhora parcial do quadro e alta hospitalar, com investigação de causa da HD. Descartado o uso de doses elevadas de vitamina D por autoprescrição. Realizada investigação e descartado suspeita de tuberculose, neoplasias e sarcoidose através de TC de corpo inteiro sem alterações significativas e cintilografia óssea com estudo negativo para lesões osteoblásticas, manteve níveis elevados de 25 OH vitamina D em 178,10 ng/mL até setembro de 2022, e a partir de outubro de 2022, queda gradual, com normalização em janeiro de 2023, sem nenhum tratamento específico ou diagnóstico.

Discussão

Existe um relato de caso com associação entre doença leve de COVID-19 e PM, que pode ser por infecção viral direta do tecido adiposo ou inflamação secundária. Verificou-se que o nível de expressão de ACE2 no tecido adiposo é maior que no tecido pulmonar, sendo vulnerável a infecção. A vitamina D é lipossolúvel, sendo armazenada no tecido adiposo e a degeneração do mesmo, leva a uma liberação de 25 OH plásmatico.

Conclusão

Este relato de caso destaca a associação entre PM pós-COVID-19 e HD em um paciente HIV+. Sendo necessário mais estudos para compreender a associação

Palavras-chave:
COVID 19 Hipervitaminose D HIV+
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