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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 023
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OTIMIZAÇÃO DA TERAPIA COM A VANCOMICINA NOS PACIENTES CRÍTICOS ONCOLÓGICOS EM TERAPIA INTENSIVA CONTRA GRAM-POSITIVOS ATÉ CIM 2 MG/L BASEADA NA ABORDAGEM FARMACOCINÉTICA-FARMACODINÂMICA (PK/PD)
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2006
Estela Maris de Oliveiraa, Juliano Pinheiro de Almeidaa, João M. Silva Juniora, Thais Vieira de Camargob, Alberto H. Sabanaia, Rejane S. Siqueiraa, Julia David P. Silvaa, Suely Pereira Zeferinoc, David S. Gomezd, Silvia R.C.J. Santosb
a Instituto do Câncer de São Paulo, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
b Centro de Farmacocinética Clínica, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
c Instituto do Coração (InCor), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
d Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

O regime de dose empírica recomendado de Vancomicina frequentemente não atinge o alvo terapêutico em pacientes sépticos críticos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) contra as cepas mais comuns de Gram positivos com CIM> 1 mg/L, podendo impactar no desfecho clínico desejado.

Objetivo

O objetivo do trabalho foi comparar o regime de dose empírica de Vancomicina com o regime de dose ajustada com base na individualização da terapia antimicrobiana pela abordagem farmacocinética-farmacodinâmica (PK/PD) nos pacientes sépticos oncológicos com função renal preservada em terapia intensiva.

Material e métodos

O estudo recebeu aprovação ética CAAE 81226617.8.1001.0065. O termo de consentimento foi assinado pelo responsável legal de cada paciente incluído. Nenhum dos autores possui conflito de interesse. Trinta e oito pacientes de ambos os gêneros (18F/20M),com função renal preservada, com ou sem vasopressores, receberam terapia com a Vancomicina no período precoce do choque séptico. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos: 26 pacientes receberam a dose empírica de 15 mg/kg q12h (Grupo 1) de vancomicina, e 12 pacientes receberam a dose ajustada 22 mg/kg q12h (Grupo 2), medianas. Após atingir o estado de equilíbrio do antimicrobiano, coletaram-se amostras sanguíneas (4 mL/cada) na 3ª e na 11ª após o início da infusão de 1 hora, para o monitoramento do nível sérico realizado pelo método bioanalítico de imunoensaio automatizado. A abordagem PK/PD foi baseada nos níveis séricos da Vancomicina, que permitiu a estimativa do índice de predição de eficácia recomendado, dado pela razão da área sob a curva e a concentração inibitória mínima ASCss0-24/CIM, para o alvo terapêutico considerado ASCss0-24/CIM>400.

Resultados

Evidenciou-se diferença significativa (p < 0,05) entre os grupos com impacto na cobertura. O alvo terapêutico de ASCss0-24/CIM>400 foi atingido contra patógenos Gram positivos até CIM 1 mg/L para os pacientes dos dois grupos. Isolaram-se das culturas de sangue, fluidos e secreções apenas nove patógenos Gram-positivos, sendo 8/9 isolados de Staphylococus spp com CIM até 1 mg/L e Enterococcus faecalis com CIM 2 mg/L de apenas um paciente recebendo a dose empírica.

Conclusão

O desfecho desejado foi alcançado pela abordagem de PK/PD, uma vez que a erradicação do agente infeccioso ocorreu na maioria dos casos investigados. A individualização da terapia pela abordagem PK/PD permitiu a cobertura de Enterococcus faecalis com CIM 2 mg/L.

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