Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Full text access
OR-49 - DIFERENTES MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ESPOROTRICOSE EM CONTATOS INTRADOMICILIARES ASSOCIADAS À MESMA FONTE DE INFECÇÃO.
Visits
144
Lara Salgado Saraiva, Gabriel Ramalho de Jesus, Matheus Henrique T. Avila, Lucas Cabrini Gabrielli, Heloisa Abdon de Melo e Silva, Fernanda Guioti Puga, Gilberto Gambero Gaspar, Benedito Alves Lope Fonseca, Roberto Martinez
Hospital das Clínicas Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

A esporotricose é uma infecção fúngica, transmitida por meio de contato direto com o solo, contato com animais ou via inalatória. Manifesta-se como úlcera cutânea e linfangite nodular, sendo incomuns em imunocompetentes as manifestações extracutâneas e disseminadas. Entre as formas imunorreativas, observa-se a artrite reativa poliarticular e migratória, representada em geral por quadros mais brandos e localizados, apesar da possibilidade de gerar incapacidade.

Objetivo

Relatar dois casos de esporotricose com diferentes acometimentos: articular e cutâneo, possivelmente com a mesma fonte de infecção.

Método

Relato de caso.

Resultados

Caso 1: homem, 25 anos, estudante de informática, sem comorbidades, referia que, após arranhadura de gato doméstico em coxa esquerda, iniciou lesão de pele há um mês e aumento de linfonodo inguinal à esquerda há uma semana. Ao exame, presença de linfonodo em região inguinal esquerda de 3cm, fibroelástico e móvel e de lesão papular em coxa esquerda com sinais flogísticos e sem secreção. O título da contraimunoeletroforese (CIE) para esporotricose era de 1:2. O gato apresentava lesão de pele confirmada para esporotricose e pela avaliação clínico-epidemiológica foi prescrito Itraconazol 200mg/dia para o paciente. No retorno, paciente queixou-se de artralgia há 3 dias, inicialmente em tornozelos e progressão para joelhos e punho direito, sem derrame articular ou sinais flogísticos, mantendo lesão cutânea em coxa. Pela manifestação articular, foi aumentada a dose do Itraconazol para 400mg/dia e associado Prednisona 20mg/dia, com melhora parcial. Ultrassonografia de joelho esquerdo demonstrou tenossinovite de fibulares. Caso 2: parceira de 22 anos e estudante de medicina, iniciou quadro de máculas eritematosas dolorosas em joelhos que evoluíram para nódulos dolorosos um mês após o início dos sintomas do caso 1. CIE para esporotricose era de 1:16. Iniciado itraconazol 200mg/dia. Ambos evoluíram com melhora clínica.

Conclusão

Aproximadamente 80% dos pacientes acometidos pela esporotricose apresentam a forma linfocutânea (caso 2), enquanto casos da forma imunorreativa (caso 1) são raros, pouco descritos na literatura e possivelmente associada a prejuízo funcional. Nos dois casos, a suspeita diagnóstica pelo contato intradomiciliar com uma fonte única (gato infectado) resultou no início rápido do tratamento, evitando maiores complicações.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools