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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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OR-48 - ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS E MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS ÀS FRATURAS: RESULTADOS DE UM INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO PARA CIRURGIÕES DO TRAUMA NO BRASIL
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Ícaro Santos Oliveira, Laís Sales Seriacopi, Taiana Cunha Ribeiro, Carolina Cunha, Thomas Durigon, Carlos Augusto Finelli, Fernando Baldy dos Reis, Mauro Costa Salles
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A infecção relacionada à fratura (IRF) é uma das complicações musculoesqueléticas mais desafiadoras na cirurgia do trauma ortopédico. Uma definição validada de IRF e novas diretrizes clínicas só foram disponibilizadas nos últimos 5 anos e essa ainda não é a realidade brasileira.

Objetivo

Este estudo teve como objetivo identificar os métodos preventivos e diagnósticos adotados pelos cirurgiões brasileiros do trauma ortopédico no manejo da IRF.

Método

Um questionário com 36 itens foi desenvolvido no REDCap, através do método Delphi, e enviado, por e-mail, a todos os usuários registrados da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).

Resultados

No geral, 144 cirurgiões do trauma responderam à pesquisa. A maioria trabalha na Região Sudeste, tem o título de TEOT (título de especialista em Ortopedia e Traumatologia), trabalha em hospitais privados e possui mais de 10 anos de treinamento. Apenas 41% deles têm a colaboração de um grupo de infecção musculoesquelética no hospital onde trabalham. Embora as cefalosporinas sejam os agentes mais prescritos para profilaxia antibiótica perioperatória (PAP) em fraturas, observou-se uma prescrição frequente de aminoglicosídeos à medida que a classificação de Gustillo-Anderson para fraturas expostas aumenta. Além disso, a duração da PAP foi extremamente variável, com uma tendência para precrições mais longas em fraturas mais graves. Apenas 35% dos cirurgiões sempre ajustam a PAP ao peso do paciente. O uso de agentes antimicrobianos locais ainda é muito baixo, mesmo em fraturas com aumento da gravidade da lesão, e o risco de IRF em idosos raramente é estratificado para considerar a extensão da PAP. Febre, sinais locais e sintomas de resposta inflamatória foram os parâmetros diagnósticos mais comuns para diagnosticar IRF e cerca de 45% dos cirurgiões coletam 5 ou mais amostras de tecido para diagnóstico microbiológico, especialmente tecidos moles e fragmentos ósseos. Para o diagnóstico microbiológico, o uso da técnica da sonicação sobre implantes removidos ainda não é rotina na maioria dos hospitais brasileiros.

Conclusão

Este levantamento nacional forneceu uma visão geral da prática clínica na prevenção e diagnóstico de IRF. O manejo clínico permanece heterogêneo. Um grande problema é a falta de consenso quanto ao tipo e duração da PAP. Além disso, parece não haver acordo sobre a indicação para o uso de agentes antimicrobianos locais. Assim, há uma necessidade urgente de protocolos padronizados de prevenção e diagnóstico de IRF no cenário brasileiro.

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