Journal Information
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 70 (December 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 70 (December 2018)
EP‐070
Open Access
ONDE ERRAMOS NA TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANA EMPÍRICA DA SEPSE?
Visits
4449
Thais C.G. Salles, Luciane M.B. Vinas, Karina D.A.G. Coqueti, Tatiana G.P. Toledo, Eduardo A.S. Medeiros
Hospital Santa Helena/Next Saúde, São Paulo, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 5 ‐ Horário: 13:37‐13:42 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A alta mortalidade na sepse pode estar relacionada à escolha inicial inadequada do antibiótico. A implantação de protocolos clínicos para tratamento empírico é uma ferramenta útil, auxilia as instituições na padronização do atendimento ao paciente séptico e diminui desfechos negativos.

Objetivo: Avaliar a adequação da antibioticoterapia empírica em relação aos resultados de hemoculturas e revisar as recomendações do protocolo institucional de tratamento empírico da sepse.

Metodologia: Análise de registros de pacientes submetidos ao protocolo gerenciado de sepse do Hospital Santa Helena/Next Saúde de janeiro a junho de 2018.

Resultado: Foram registrados 391 protocolos de sepse. A média de idade foi de 68,1 anos, com predominância do sexo masculino, 197 (50,4%), e procedentes de suas residências (62,4%). Os principais focos infecciosos foram o pulmonar, 206 (52,7%), e urinário, 85 (21,7%). A coleta de hemoculturas ocorreu em 348 (89%) dos casos e 33 (8,4%) evidenciaram o crescimento de: E. coli, 10 (30,3%), K. pneumoniae, sete (21,2%), E. faecalis, três (9,1%), Estafilococos coagulase negativa, três (9,1%), Streptococcus do grupo viridans, dois (6%) e S. marcescens, S. aureus e M. morgani, três (3%). Desses, 21 (63,6%) receberam antibióticos adequados conforme o protocolo institucional e 27 (81,8%) foram considerados antibióticos adequados conforme resultado de hemocultura. Cinco pacientes (15%) receberam antibiótico adequado conforme o protocolo institucional, porém inadequados conforme o resultado da hemocultura. Observou‐se perfil de resistência em todas as amostras de hemoculturas desses pacientes (trêsK. pneumoniae resistente a carbapenêmicos, um E. faecalis resistente à vancomicina e em E. coli ESBL). Desses, quatro (80%) foram internados nos últimos 90 dias, três (60%) vieram de suas residências, três (60%) haviam usado antibióticos nos últimos 90 dias, dois (40%) estavam internados por período superior a 72 horas e dois (40%) usavam dispositivo invasivo.

Discussão/conclusão: A exposição prévia aos serviços de saúde e a antibióticos, assim como a presença de dispositivos invasivos, deve ser avaliada no momento da escolha do tratamento empírico, deve‐se considerar a possibilidade de infecção por bactéria multirresistente. A revisão desses dados permite a revisão do protocolo de tratamento empírico da instituição para ressaltar a importância dessas informações na adequação do antibiótico.

Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools