Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 5 ‐ Horário: 13:44‐13:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: Estima‐se que cerca de 20 a 30 milhões de pacientes sejam acometidos por sepse anualmente. Uma vez diagnosticada, condutas que visam à estabilização do paciente são prioritárias. A mensuração da adesão a essas condutas permite avaliar o progresso de implantação e direcionar as políticas institucionais de melhoria assistencial.
Objetivo: Apresentar os resultados do protocolo de sepse de um pronto socorro adulto para 2018, após ações de melhorias para as não conformidades identificadas em 2017.
Metodologia: Análise retrospectiva dos indicadores gerenciados do protocolo de sepse e comparação dos dados pré e pós‐implantação das ações de melhoria. Os indicadores foram: inclusão de pacientes no protocolo, manutenção do paciente no protocolo após avaliação médica, solicitação e entrega do resultado do lactato arterial em até 45 minutos e prescrição/administração de antibioticoterapia.
Resultado: A análise dos dados de 2017 permitiu identificar como fragilidades: inadequação no tempo de entrega do lactato e do tempo de prescrição de antibiótico. Para o ano de 2018 foram propostas as seguintes ações: criação do pacote de exames “kit sepse” no sistema de prescrições; reformulação da ficha do protocolo; treinamento prático para equipe multidisciplinar; análise fragmentada dos dados de tempo “porta‐antibiótico”; monitoramento da prescrição de expansão volêmica e ferramentas de identificação visual dos pacientes em protocolo. Após a implantação das medidas, observamos aumento na assertividade dos pacientes incluídos no protocolo (33,54% pós‐ações, 31,59% antes das ações) e redução do tempo médio de entrega do lactato arterial (136 para 116 minutos). Os dados de tempo porta‐antibiótico foram estratificados em tempo de prescrição médica e tempo de administração dos medicamentos, o que permitiu identificar que a etapa com maior fragilidade é o intervalo de tempo entre a prescrição e administração do medicamento. Porem houve redução do tempo médio dessa etapa (de 43,88 para 31,23 minutos) e do tempo porta‐antibiótico (de 67,21 para 55,74 minutos).
Discussão/conclusão: A fragmentação da análise direcionou a implantação de ações de melhoria que impactaram positivamente nos indicadores. Observamos maior sensibilidade para suspeita da sepse. A identificação visual e treinamento parecem ser ferramentas importantes. A monitorização dos indicadores relacionados ao protocolo de sepse permite planejamento de ações de melhorarias e motivação das equipes envolvidas.