Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 5 ‐ Horário: 13:30‐13:35 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: A resistência microbiana é uma das maiores preocupações mundiais em saúde pública, uma vez que antimicrobianos estão se tornando ineficazes. A permanência prolongada em unidades de terapia intensiva, falhas e ineficácia dos tratamentos oneram o sistema de saúde pública e, portanto, a busca por indicadores na melhor administração de antimicrobianos e a ação conjunta de vários profissionais de saúde podem garantir o efeito farmacoterapêutico máximo dos antimicrobianos.
Objetivo: Avaliar os resultados com base nos indicadores das intervenções farmacêuticas em uma UTI adulto de um hospital público estadual, para assegurar a assistência, com propósito de aprimorar a segurança do paciente.
Metodologia: O hospital público estadual, foco do presente estudo, dispõe de 109 leitos, 10 na UTI adulto. É um hospital regional de atenção secundária, de “porta fechada”, que integra o Sistema Único de Saúde. O estudo de caso de natureza exploratória, de observação participante, descritivo e transversal ocorreu de março a junho de 2018, durante a implantação de indicadores baseados na Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde da ANVISA, tais como indicação da antimicrobianoterapia, dose, duração, interações indesejáveis, entre outras.
Resultado: Durante o período do estudo, foram registradas 429 intervenções de múltiplas causas. Relacionadas ao emprego de antimicrobianos, o total de intervenções correspondeu a 106 (24,7%), com média mensal de 26,5 casos. Quanto às intervenções nas indicações, do total de 166, 21,7% (n=36) estavam relacionadas à terapia antimicrobiana e entre essas estão o descalonamento, o ajuste de duração da antimicrobianoterapia, a duplicidade terapêutica e a indicação per si. Do total de 84 intervenções quanto ao ajuste de dose, 60 foram relacionadas a antimicrobianos (71,42%) e a respeito da diluição de medicamentos, três das quatro intervenções foram relacionadas a antimicrobianos (75%). Não houve registro sobre incompatibilidade relacionada ao uso de antibióticos e, em relação à frequência ou posologia, das 15 intervenções totais, três foram relacionadas aos antimicrobianos (20%).
Discussão/conclusão: Com base nos dados encontrados, foi possível discutir com a equipe de profissionais sobre a gestão da administração de antimicrobianos, com foco na segurança do paciente, o que culminou no desenvolvimento do protocolo institucional de gerenciamento de antimicrobianos.