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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-049
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OCORRÊNCIA DE CASOS POSITIVOS DE SARS-COV-2 DURANTE A ONDA DE ÔMICRON EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SÃO PAULO
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Ana Paula Cunha Chaves, Felipe Alberto-Lei, Ruanita Veiga, Danielle Dias Conte, Gabriela Rodrigues Barbosa, Ana Helena Sitta Perosa, Klinger Soares Faico-Filho, Nancy Cristina Junqueira Bellei
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

O vírus pandêmico SARS-CoV-2 evoluiu e variantes de preocupação (VOC) foram substituindo as anteriores até que uma nova VOC denominada Ômicron disseminou-se rapidamente e suplantou a VOC Delta que circulava pelo país desde maio de 2021. Em São Paulo, uma nova onda de casos determinou grande impacto no primeiro trimestre de 2022, gerando milhares de infecções além de internações e óbitos.

Objetivo

Descrever as características dos pacientes hospitalizados durante a onda da variante Ômicron no complexo do Hospital São Paulo (HSP)–UNIFESP.

Método

Foram avaliados dados epidemiológicos e clínicos de pacientes confirmados por teste molecular para SARS-COV-2 no período de 01/01/2022 a 30/04/2022.

Resultados

Foram testados 2286 pacientes, dos quais 435 (19,03%) obtiveram um qRT-PCR positivo, com um total de 55 (12,64%) óbitos. A mediana de idade foi de 51 anos (IIQ: 31-66) entre os pacientes positivos e 69 anos (IIQ: 57-76) entre os pacientes que vieram à óbito. A mediana do valor do CT obtido no ensaio qRT-PCR para o grupo positivo foi de 27 (19-33) e 22 (17-32) entre os casos de óbito. Em janeiro houve maior internação (761) e maior positividade. (36,53%). A positividade foi maior no grupo etário de 70-79 (23,83%) e menor no de 0 a 9 anos (12,88%). A letalidade foi significante em > 60 anos (5,04% x 26,11% p = 0,02) sendo de 37,50% acima de 80 anos. Dentre os infectados 62,76% receberam só 2 doses de vacina. Entre os 301 pacientes elegíveis para o primeiro reforço vacinal (dose 3), 41,86% receberam o reforço. Entre os pacientes que vieram a óbito, apesar da taxa de administração do esquema vacinal básico ter sido superior (83,64%), a adesão à primeira dose de reforço foi ainda menor (36,36%). O segundo reforço vacinal não foi administrado em nenhum dos pacientes elegíveis. Dentre os pacientes que vieram a óbito, a maior parte possuía ao menos 2 comorbidades (69,10%), sendo neoplasia (23, 41,81%), hipertensão Arterial (40%), diabetes mellitus (34,55%) e cardiopatia (29,09%) as mais frequentes. Mesmo com 3 doses de vacina, 12,70% (16/126) dos pacientes foram a óbito, sendo 12 pacientes com mais de 70 anos.

Conclusão

O surgimento de uma nova variante capaz de evadir a imunidade prévia de uma população, ainda que parcialmente imunizada, determinou internação hospitalar. Indivíduos imunodeprimidos e aqueles acima de 60 anos apresentaram maior risco de óbito, particularmente aqueles maiores de 70 anos, ainda que com 3 doses de vacina.

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