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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-051
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ANÁLISE DOS CASOS DE TRANSMISSÃO INTRA-HOSPITALAR DE COVID-19 NO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO
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Camila de F. Gobbi Carasso, Cibele Lefevre Fonseca, Cristiano de Melo Gamba, Daniela de Sá Pareskevopoulos, Elaine Irineu Fernanda, Sandra Barrio, Priscila Koba Kodato, João Silva Mendonça, Augusto Yamaguti, Thaís Guimarães
Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A transmissão intra-hospitalar de COVID-19 não é desprezível; pelo contrário, é necessária investigação dos casos suspeitos e rastreamento de contactantes para evitar a aquisição da doença no ambiente hospitalar.

Objetivo

Analisar a transmissão intra-hospitalar de COVID-19 num hospital geral, determinar a taxa de positividade dos casos suspeitos e dos contactantes e avaliar o desfecho de ambos.

Método

Estudo observacional, de coorte prospectivo, no qual todos os pacientes admitidos de Mar-2020 a Dez-2021 e que desenvolveram COVID-19 intra-hospitalar foram seguidos até a alta e/ou óbito, bem como seus respectivos contactantes intra-hospitalares. Estabeleceu-se um banco de dados e as características demográficas, enfermaria de origem, tempo para o desenvolvimento de sintomas, resultado de RT-PCR e desfecho do caso foram analisados.

Resultados

Foram internados 12.974 pacientes e identificados 405 casos suspeitos de aquisição intra-hospitalar de COVID-19, sendo 207 (51%) femininos e 198 (49%) masculinos, com idade média 69 anos e predominância na clínica médica, geriatria, cardiologia, cirurgia geral e ortopedia. O intervalo de tempo entre a internação e o início dos sintomas foi 7,1 dias. Encontrados 104 (25,7%) casos positivos, sendo 59 (32,8%) prováveis e 45 (25%) confirmados e observados 61 óbitos (58,6%) com intervalo entre a positividade do RT-PCR até o óbito de 18 dias. Identificados 565 contactantes, sendo 298 (52,7%) femininos e 267 (47,3%) masculinos, com idade média 67,8 anos e predominância na cardiologia, clínica médica, cirurgia geral, psiquiatria e geriatria. Destes, 26,8% (84/313) apresentaram RT-PCR positivo, sendo 66 (78,6%) sintomáticos e 18 (21,4%) assintomáticos. O intervalo de tempo entre o último contato com caso index e o aparecimento de sintomas foi 2 dias e a taxa de mortalidade dos contactantes foi de 44% (37/84), sendo o intervalo entre a positividade do RT-PCR até o óbito de 18 dias. A taxa de positividade geral dos casos de COVID-19 hospitalar foi de 1,3% (104/8.164).

Conclusão

A positividade geral de COVID hospitalar foi de 1,3%. A positividade foi de 25,7% para os casos suspeitos, sendo 59 (32,8%) prováveis e 45 (25%) confirmados e de 26,8% para os contactantes. A mortalidade hospitalar foi de 58,6% (casos) e de 44% (contactantes). Medidas de prevenção, como segregação, triagem, testagem e rastreamento dos pacientes e contactantes e uso correto de EPI's devem ser adotados para minimizar os riscos de aquisição.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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