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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐278
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O USO DE LUVAS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM AMBIENTE HOSPITALAR
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Caroline do Rio, Camila Eugenia Roseira, Lívia C. Scalon Costa Perinoti, Rosely Moralez de Figueiredo
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: FAPESP E CAPES

Nr. Processo: FAPESP: 2019/08484‐3 CAPES:88887.484599/2020‐00

Introdução: Nos serviços de saúde, as luvas são os insumos mais utilizados e juntamente com a Higienização das Mãos (HM) e o uso dos demais Equipamentos de Proteção Individual (EPI) subsidiam as precauções padrão e as específicas. Entretanto, seu uso indiscriminado pode gerar, dentre outros problemas, o aumento do risco de infecção cruzada entre pacientes, já que esta situação tende a ser aliada à baixa adesão à HM. Partindo dos prejuízos inerentes a uma utilização incorreta de luvas e não pautada em riscos, buscou‐se compreender como ocorre a utilização deste EPI pela equipe de enfermagem.

Objetivo: Caracterizar o uso de luvas pela equipe de enfermagem em ambiente hospitalar e identificar situações em que este uso esteja ou não em conformidade.

Metodologia: Estudo descritivo exploratório de abordagem quantitativa, realizado em hospital do interior do estado de São Paulo, no período de agosto a outubro de 2019, por meio da observação da equipe de enfermagem na realização de 396 procedimentos. O roteiro para anotação foi elaborado pelas autoras com base nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Todos os aspectos éticos foram contemplados.

Resultados: Foram observados 32 diferentes tipos de procedimentos. A taxa de conformidade ao uso de luvas, em completa concordância, ocorreu somente em uma observação (0,25%). Já excluindo‐se a higienização das mãos foi de 60,1% (238). Em outras 39,9% (158) oportunidades a utilização incorreta variou entre reutilização (18,43%), utilização sem necessidade (8,33%) e a não utilização quando necessário (13,13%). As mãos foram higienizadas previamente ao uso de luvas em 1,76% das observações e em 4,54% imediatamente após sua retirada.

Discussão/Conclusão: A baixa adesão à HM pelos profissionais de enfermagem é algo bem documentado. Quanto ao uso indiscriminado ou inadequado das luvas, sabe‐se que esse fator pode estar associado a contaminação cruzada e ainda pela transferência de microrganismos ou matéria orgânica para as superfícies tocadas. Muitas vezes, a utilização de luvas ocorre independente do risco de contato com sangue, secreções ou mucosas. Por outro lado, uma situação preocupante encontrada no presente estudo, foi que em 13,13% das oportunidades os profissionais não utilizaram luvas mesmo tendo indicação. O uso de luvas pela equipe de enfermagem apresentou não conformidades em 39,89% das vezes.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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