Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐277
Full text access
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS E EPIDEMIOLÓGICAS DOS PACIENTES INFECTADOS POR MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES DO HOSPITAL HELIÓPOLIS, 2016‐2018
Visits
2291
Loni Suliani Dorigo, Durval Alex Gomes e Costa, Simone Gomes de Sousa, Adilson José Cavalcante Westheimer, Juvencio José Duailibe Furtado
Hospital Heliópolis, São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: As bactérias multirresistentes (MDR) são responsáveis por aumento da mortalidade, dos custos das internações e dos dias de hospitalização. Tratá‐las é um grande desafio mundial já que os atuais esquemas terapêuticos apresentam uma série de limitações e mostram‐se, muitas vezes, pouco eficientes.

Objetivo: Este estudo avaliou o perfil microbiológico e características dos pacientes infectados por bactérias multirresistentes em Hospital Terciário da cidade de São Paulo.

Metodologia: O estudo foi retrospectivo e transversal, com coleta de dados no Serviço de Arquivo Médico a partir da planilha de pacientes infectados ou colonizados por bactérias multirresistentes.

Resultados: Foram avaliados 132 pacientes entre 2016‐18, com idade média de 61.2 anos (15‐94). Klebsiella spp. produtora de carbapenemase (KPC) e Enterococcus spp. resistente à vancomicina (VRE) foram os mais prevalentes (73.4% e 35.6% respectivamente), com mortalidade respectiva de 38.1% e 21.3%. Mortalidade acentuada teve relação com idade entre 71‐80 anos, infecção de corrente sanguínea, infecções em unidades críticas e escore de Pitt alto. Óbitos ocorreram em 50% dos pacientes em uso de polimixina e meropenem para KPC e em 50% e 30% dos que usaram ampicilina e linezolida, respectivamente, para tratamento de VRE. Comunicantes foram gerados em 34% dos pacientes, com maior prevalência em unidades com ocupação permanente de 100% dos leitos. Pacientes que estavam apenas colonizados por MDR tiveram risco de morte associada ao MDR de 11.1%. O escore de Pitt no momento da coleta da cultura estava abaixo de 4 em 58.3% dos casos.

Conclusão: Nosso estudo mostra a necessidade de estratégias de tratamento empírico direcionado no momento da piora clínica (com escore de Pitt ainda baixo na maioria dos pacientes) para diminuir a mortalidade de MDR, ainda que haja necessidade de novas opções terapêuticas mais eficientes. Melhor manejo de unidades superlotadas também diminuem os comunicantes, reduzindo custos de internação, mortalidade e precauções de contato.

Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools