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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
ÁREA: INFECTOLOGIA CLÍNICAEP‐103
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O USO DE ÁLCOOL E TABACO E VULNERABILIDADE À TUBERCULOSE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA, NA REGIÃO CENTRAL DE SÃO PAULO‐SP
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Nathalia de Melo Genaro, Bruna Souza Pedreira, Thamires Faccion de Queiroz, Raylan Wesley Pimenta, Claudia Cristina Soares Muniz, Joselma Siqueira Yamaguti
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A Tuberculose (TB) é um problema de saúde pública global. Em 2018, foram notificados 76 novos casos e 4,5 mil mortes em decorrência da doença no Brasil. Mais de dois terços dos casos concentram‐se em aglomerados populacionais e em populações mais vulneráveis, como detentos, indígenas e população em situação de rua (PSR). O censo 2019 indica que 24.344 indivíduos vivem sem moradia e alimentação adequadas, além de fazerem uso de drogas, dificultando a adesão à terapia direta observada (TDO).

Objetivo: Caracterizar a PSR usuária de drogas lícitas vulnerável à TB.

Metodologia: Para tanto, realizou‐se uma pesquisa de campo exploratória, transversal e quantitativa, com dados coletados de PSR, entre novembro de 2019 e fevereiro de 2020, na região central de São Paulo (CAAE: 26417213.0.0000.5511).

Resultados: Com relação aos resultados, submeteram‐se à entrevista semiestruturada 62 participantes (55 homens, 06 mulheres e 01 transexual), com idade maior ou igual a 18 anos, sendo‐lhes colhidos, ainda, os dados sociodemográficos, relato de tosse, histórico de TB, realização da TDO, cumprimento de pena e uso de drogas lícitas (álcool e tabaco). Dentre os entrevistados, 27,41% afirmaram ter tosse. Dentre esses indivíduos, 4,84% afirmaram que ter tido tuberculose e 1,61% não completou a TDO. Com relação à tosse e tempo de rua, 35,29% afirmaram que residem nas ruas entre 5 anos ou mais. 47% dos entrevistados afirmaram ter cumprido pena em regime fechado. Com relação à tosse e ao uso de drogas lícitas, 70,59% da população entrevistada afirmou ser tabagista, 64,7% afirmou ingerir bebidas alcoólicas e 11,7% afirmou beber raramente. A PSR apresenta um risco 56 vezes maior de ter TB em comparação à população geral.

Discussão/Conclusão: A PSR apresenta um risco 56 vezes maior de ter TB em comparação à população geral. Com relação à TB e o uso de drogas lícitas, estudos ressaltam disfunções tanto no epitélio mucociliar quanto na resposta imune celular. Essas alterações diminuem a resistência do hospedeiro e aumentam o risco de persistência do Mycobacterium tuberculosis após o tratamento. A PSR representa um grande desafio para implantação de políticas de saúde. Diante a vida nas ruas, possivelmente a TB não seja a principal preocupação de todas as PSR, pois questões como segurança, alimentação e descanso competem com o cuidado de saúde. Conclui‐se que o suporte ofertado a estes indivíduos para auxiliar na solução desses problemas pode ser fundamental para alcançar a adesão e sucesso do tratamento da TB.

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