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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐267
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NEUROSSÍFILIS EM PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO COM DOENÇA DE BERGER, UM RELATO DE CASO
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Laviny Moraes Barros, Ana Maria Rodrigues Fadini, Ângelo Antônio Paulino M. Zanetti, Matheus da Silva Raetano, Jaqueline Ribeiro de Barros
Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. As manifestações clínicas diferem em cada estágio da doença, dentre elas, destaca‐se a neurossífilis, a qual afeta o sistema nervoso central (SNC), podendo ser assintomática ou não. Já a Doença de Berger (DB), é uma glomerulonefrite causada pelo depósito de imunocomplexos anti‐imunoglobulina A, no mesângio glomerular, causando inflamação e lesão. Trata‐se de uma doença com evolução progressiva, que pode levar à necessidade de hemodiálise.

Objetivo: Relacionar diagnóstico e tratamento de neurossífilis com DB.

Metodologia: Paciente sexo masculino, 47 anos, homossexual e solteiro. Diagnosticado com DB em 2006. Devido à nefropatia teve que realizar seu primeiro transplante renal em 2010. Porém, em 2016 perdeu o enxerto decorrente de um quadro infeccioso, apresentando febre, rash cutâneo, linfonodomegalia cervical e inguinal e coma, do qual não soube referir a causa. Em junho de 2019, realizou tratamento para sífilis após sorologia positiva no líquor e dois meses depois foi submetido a um segundo transplante renal. Foi efetuada profilaxia para sífilis imediatamente após o transplante, porém não foram coletadas sorologias de controle. Em avaliação em dezembro de 2019, relatou perda de memória. Exames laboratoriais séricos demonstraram teste treponêmico 22,77 e VDRL 1:4. Após observação de manutenção de proteinorraquia com VDRL em líquor 1:1, mesmo com melhora das queixas, resolveu‐se iniciar tratamento eletivo para neurossífilis em fevereiro de 2020, recebendo alta logo em seguida. Foram levantados quatro diagnósticos de enfermagem, segundo o NANDA‐II, sendo o principal: risco de infecção associada a imunossupressão e doença crônica.

Discussão/Conclusão: As manifestações no SNC, referente a neurossífilis ocorre de 5 a 10% dos infectados, apresentando‐se após anos de latência. Foi encontrado apenas um estudo de caso com apresentação de neurosífilis após transplante renal, em que o paciente apresentou rápida progressão, com sintomas concomitantes de sífilis secundária, e foi explicado pelo uso de terapia imunossupressora após o transplante. Apesar disso, mesmo com uma terapia de imunossupressão por anos e diagnóstico de sífilis, o paciente não teve uma progressão rápida, assim como não apresentou clínica rica de sinais e sintomas, decorrentes da neurossífilis. A partir disso, cabe‐se a reflexão se houve reinfecção ou reativação da sífilis nesse caso.

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