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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐395
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MYCOBACTERIUM ABSCESSUS: UM RELATO DE CASO.
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Renato Morais Bueno, Rosana Galli Poleti, Alceu Alves Pereira Peixoto, Gabriela Guirao Herrera, Otávio Tonin Passos, Rogério Rodrigues Gouveia
Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A incidência de infecções por micobactérias não tuberculosas (MNT) vem crescendo em todo o mundo. A Mycobacterium abscessus é considerada uma das micobactérias mais resistentes à antibióticos, o que limita as opções terapêuticas. Ela pode se manifestar de forma localizada, sistêmica ‐ como infecções disseminadas ‐, em tecidos moles, ou até mesmo na forma cutânea. Mas vale ressaltar, que embora tenha diversas apresentações, a pulmonar é a mais comum. Diagnosticar e tratar infecções pulmonares causadas por micobactérias do complexo Mycobacterium abscessus são desafios, seja pela dificuldade de isolamento e identificação da bactéria, seja pela gravidade do quadro dos pacientes que, em sua maioria, apresentam alterações estruturais pulmonares anteriores ao adoecimento.

Objetivo: Relatar um caso de infecção pulmonar por Mycobacterium abscessus, destacando sua dificuldade diagnóstica e de tratamento.

Metodologia: TDL, sexo feminino, 65 anos, procedente de Socorro‐ SP, diarista aposentada. Portadora de hipotireoidismo, negou outras comorbidades. Procura o serviço com queixa de tosse produtiva com expectoração hialina‐amarelada e febre há alguns dias. Hemograma demonstrou eosinofilia, e tomografia computadorizada (TC) mostra destruição de septos interlobulares com múltiplas áreas sólidas de densificação do parênquima. Abordada inicialmente como pneumonia eosinofílica. Sem melhora do quadro, iniciou tratamento empírico com fungicidas, mas foi suspenso após pesquisa de aspergilose e blastomicose negativos em cultura e persistência dos sintomas iniciais somado à perda de peso, dispneia e hemoptise. Em seguida, apresentou BAAR positivo, iniciando tratamento para tuberculose, mas interrompeu após resultado da broncoscopia com biópsia evidenciando infecção por Mycobacterium abscessus. Iniciou‐se tratamento intra‐hospitalar durante 28 dias. Apresentou melhora evidente dos sintomas, porém sem cura da doença.

Discussão/Conclusão: O diagnóstico de MNT, por muitas vezes, é um desafio para o médico, que muitas vezes, em sua formação como generalista, desconhece a importância dessas doenças. Neste caso, isso retardou o início do tratamento adequado e expôs a paciente a diversos tratamentos ineficazes com antibioticoterapia dentre outros. Hoje, após o diagnóstico, em vigência de infecção pulmonar por Mycobaterium abscesssus, é mais indicada a associação de claritromicina, amicacina e meropenem durante 28 dias, expressando bons resultados na remissão da doença, mas sem capacidade de cura.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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