12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: A leishmaniose é a única doença tropical negligenciada em crescimento, e o Brasil, o país no continente americano com maior número de casos de suas três formas: a leishmaniose cutânea, a mucocutânea e a visceral. A leishmaniose visceral é a forma mais grave das leishmanioses e é considerada uma doença emergente e negligenciada. A adaptação do vetor a ambientes urbanos, a dispersão parece ter atingido toda a extensão do território brasileiro, com registro do vetor e de casos caninos. A leishmaniose é um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do gênero Leishmania sendo considerada um parasita. Ela é transmitida por meio da picada do mosquito‐palha em países de clima quente e úmido, como algumas regiões do Brasil. Há dois tipos que são a visceral e a cutânea. A forma visceral também conhecida como calazar, afeta órgãos das vísceras, e também tem manifestações clínicas tais como febre, tosse, dor abdominal, anemia, perda de peso, diarreia, fraqueza, hepatomegalia, esplenomegalia, edema de linfonodos. Enquanto a forma cutânea também conhecida como ferida brava, ou leishmaniose tegumentar, causa feridas na pele que podem evoluir para feridas nas mucosas como a boca e o nariz.
Objetivo: Analisar acerca da mortalidade por leishmaniose pelas diversas regiões do Brasil para o entendimento dessa patologia.
Metodologia: O estudo realizado foi uma pesquisa documental. Utilizou‐se os dados estatísticos, do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do período de 2014 a 2018, utilizando os filtros leishmaniose, região Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro‐Oeste.
Resultados: As regiões que apresentaram maiores incidências foram a região Nordeste, seguida da região Sudeste, dentro do período de 2014 a 2018. O número total de casos foram de 1829. Dessa forma a porcentagem de óbitos representativa da região Nordeste foi de 57,84% do total de óbitos de todo o período. Na região Sudeste foi de 19,95%. O restante, correspondente a 22,21% representa as regiões Norte, Sul, Nordeste.
Discussão/Conclusão: Dessa maneira, de acordo com os resultados apresentados, conclui‐se que a maior incidência de casos é na região Nordeste, seguida da região Sudeste. Tal fato pode estar intimamente relacionado as formas de prevenção, controle do patógeno e vetor. Com isso, faz‐se importante realizar educação em saúde para que possa orientar acerca da leishmaniose e assim conscientizar sobre a importância de prevenir essa doença.