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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 139-140 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 139-140 (December 2018)
EP‐204
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MENINGITE CRIPTOCÓCICA COMO PRIMEIRA MANIFETAÇÃO CLÍNICA DE LEUCEMIA/LINFOMA DE CÉLULAS T DO ADULTO EM MULHER HTLV‐1 POSITIVA
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Fabianna Maranhão Bahia, Monica Borges Botura, Ana Clara Ambrosio, Daniela Lessa, Giovanna Orrico
Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 8 ‐ Horário: 14:12‐14:17 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Meningite criptocócica é uma doença grave, muito comum no Brasil. Essa infecção ocorre em pacientes com deficiência da imunidade celular, tem elevada mortalidade.

Objetivo: Descrever caso de meningite criptocócica como primeira manifestação clónica em mulher HTLV positiva, com diagnóstico de leucemia/linfoma de células T do adulto.

Resultado: Feminina, 62 anos, infecção pelo HTLV‐1 havia oito anos, com sintomas de paraparesia espástica tropical. À admissão referiu cefaleia de forte intensidade e perda de 10Kg havia 30 dias, sem febre ou vômitos. Ao exame, paciente em regular estado geral, fácieis de dor, eupneica, afebril, com candidíase em orofaringe, SN hiperreflexia patelar importante, espasticidade em membros inferiores. Fez TC de crânio normal, hemograma com linfócitos atípicos 6%. Após três dias, hemoculturas foram positivas para Criptococcus sp. Estudo do líquor com 122 células/mm3, 69% de neutrófilos, proteínas 121mg/dl e glicose 33mg/dl com tinta da China positiva e pressão de abertura 57mmHg. Foram iniciados Anfotericina B complexo lipídico e Fluconazol. Após 13 dias de terapia antifúngica, a cultura do líquor foi negativa, com normalização da pressão intracraniana. Imunofenotipagem de sangue periférico revelou 57,2% de células maduras e anômalas da linhagem linfoide T com expressão exclusiva de CD4 com diagnóstico de leucemia/linfoma de células T do adulto (ATLL). Iniciados Zidovudina e Interferon para tratamento do AATL. Paciente apresentou náuseas e vômitos e alterações laboratoriais com anemia e plaquetopenia, provavelmente secundarias com interferon e zidovudina. Novo estudo do líquor sem evidência de pioria da infecção fúngica, foi mantido fluconazol. Após 30 dias, evoluiu com sonolência, desorientação, anorexia, hemograma evidenciava Hb‐ 8,7mg/dl, leucograma ‐ 38050, com 25% de linfócitos atípicos e 35.000 plaquetas, além de hipercalcemia e elevação importante de LDH, sugeriu pioria da doença hematológica. Paciente necessitou de quimioterapia (esquema Choep) e apresentou boa resposta clínica.

Discussão/conclusão: Este caso mostra grave infecção fúngica como primeira manifestação clínica dessa doença onco‐hematologica associada a infecção pelo HTLV. Salvador tem uma das maiores prevalências de infecção por esse vírus no Brasil, o ATLL é uma doença agressiva de elevada mortalidade, dificilmente ocorre juntamente com a manifestação neurológica da infecção pelo HTLV.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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