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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐426
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LEPTOSPIROSE EVOLUINDO COM SÍNDROME DE WEIL: RELATO DE CASO
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Isabella Versiani M. Rocha, Livia Bissoli, Marcela Ercolini Carnio, Fernando Carvalho Nilsen, Isabela Caldana Scaramel, Gabriela Vale Comodo
Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A leptospirose é doença negligenciada com manifestações variáveis, embora possa ser potencialmente letal. A doença pode comprometer diversos órgãos, sendo frequente o acometimento pulmonar, com incidência de 20 a 70% dos casos. A Síndrome de Weil caracterizada pela tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias (principalmente pulmonar) é manifestação clássica da leptospirose grave. A adoção de antimicrobianos pode reduzir a liberação de microrganismos na urina, porém, na doença grave, cuidados de suporte com hemodiálise, suporte ventilatório e hemoderivados podem ser necessários.

Objetivo: Relatar caso de um paciente com leptospirose que evoluiu com hemorragia alveolar e Síndrome de Weil.

Metodologia: E.W.O., 28 anos, etilista, tabagista e drogadito iniciou quadro de febre, mialgia, dor e fraqueza muscular em membros de início há 48 horas. Na admissão, apresentava‐se em regular estado geral, ictérico e afebril, com PA 110 x 70mmHg, FC 112 bpm, SatO2 de 96%, sem demais alterações ao exame físico. Em exames laboratoriais, apresentava Hb 14,6; Ht 42,9; plaquetas 31 mil; leucócitos 6,64 mil com desvio à esquerda; ureia 155; creatinina 6,4; CK 5799 e hiperbilirrubinemia às custas de direta. Após 24h, evoluiu com hemoptoicos e foi transferido para unidade de suporte intensivo sob hipótese de leptospirose, sendo iniciada hemodiálise, ventilação não invasiva, transfusão de plaquetas e antibioticoterapia com ceftriaxone. Em TC de tórax, apresentava alterações intersticiais micronodulares difusas e simétricas. Evoluiu com piora da icterícia e pico de bilirrubina de 14,9, com queda nos dias subsequentes. Sob melhora clínica, paciente recebe alta, confirmado o diagnóstico por IgM reagente para Leptospira sp.

Discussão/Conclusão: A Síndrome de Weil acontece em 5 a 10% dos casos de leptospirose e é condição potencialmente fatal. Na leptospirose, a hemorragia alveolar aparece precocemente, em geral na primeira semana da doença e evolui comumente para cura em poucos dias. Porém, formas graves caracterizam‐se por rápida evolução para hemoptise maciça, seguida de insuficiência respiratória e morte por asfixia. A instituição precoce da terapia voltada ao agente etiológico e o suporte provido foram de grande importância para sua recuperação.

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