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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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INVESTIGAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE MORTES FETAIS RELACIONADAS A INFECÇÕES NO RECÔNCAVO BAIANO
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Rebeca da Luz Vitóriaa,
Corresponding author
, Marla Niag dos Santos Rochaa, João Pedro Ferreira Pinho de Almeidaa, Juliana Gonçalves Diasa, Fernanda dos Santos Cardosoa, Ivana Karolina Sousa Santosa, Caio Luiz Coelho Ferreira dos Santosa, Thaís Teixeira Passosa, Maria Rita de Santana Oliveiraa, Victoria Giulia Soares Locce da Silvaa, Marcos André Medrado da Cruza, Rita de Cássia Oliveira de Carvalho Sauerb, Sibele de Oliveira Tozetto Kleina
a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Cruz das Almas, BA, Brasil
b Instituto de Saúde Coletiva, Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

Durante a gestação, é crucial adotar cuidados e realizar rastreamentos criteriosos em relação a várias infecções que podem afetar tanto a mãe quanto o feto. Evitar as causas infecciosas que representam um risco para a gestação, torna-se de extrema importância devido à elevada possibilidade de resultados negativos.

Objetivos

Investigar a ocorrência de óbitos fetais por causas infecciosas em gestações no interior da Bahia.

Métodos

Estudo retrospectivo descritivo, realizado a partir da análise das fichas de investigação de óbitos fetais, registradas pelo Núcleo Regional de Saúde Leste - Regional Santo Antônio de Jesus-BA. Foram analisadas as causas mortis descritas nas 239 declarações de óbitos e fichas de investigação de 2010 a 2020. Os dados foram analisados no Statistical Package for Social Sciences (23.0).

Resultados

Os dados revelaram que 11,7% (28/239) dos óbitos fetais analisados ocorreram por causas infecciosas, sendo a idade gestacional média dos defechos de 31 semanas (+6,56) variando de 20 a 41 semanas. Quanto às doenças diagnosticadas na gestação, notou-se que 21,4% (6/28) dessas gestantes receberam diagnóstico de sífilis, 64,3% (18/28) de infecções do trato urinário (ITU) e 3,6% (1/28) de infecção por citomegalovírus. Apenas 57,1% (16/28) pacientes realizaram antibioticoterapia durante a gestação, sendo que somente 50% (3/6) das diagnosticadas com sífilis e 77,7% (14/18)% das diagnosticadas com ITU foram tratadas. Na admissão para o trabalho de parto, todas as pacientes realizaram VDRL e 12,5% (3/28) foram submetidas à antibioticoterapia. Sobre os óbitos fetais, 25,0% (7/28) tiveram sífilis como causa registrada, 53,6% (15/28) tiveram ITU, 3,6% (1/28) citomegalovírus, 7,1% (2/28) corioamnionite e 14,3% (4/28) por infecção não especificada. No que diz respeito à investigação acerca da evitabilidade do óbito, 92,3% (24/26) foram classificados como evitáveis e 7,7% (2/26) tiveram investigação inconclusiva quanto à evitabilidade.

Conclusão

É evidente uma preocupante prevalência de óbitos fetais evitáveis causados por infecções. Observa-se uma possível falta de conformidade na adoção dos tratamentos necessários para atender gestações diagnosticadas com doenças infectocontagiosas, o que justifica o significativo número de resultados negativos. Destaca-se, portanto, a importância de incentivar a realização de testes e o tratamento adequado, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, a fim de assegurar a segurança materno-fetal.

Palavras-chave:
Complicações Infecciosas na Gravidez Óbito Fetal Transmissão Vertical de Doenças Infeccio
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