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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
OR-37
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INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO DE CULTURAS DE TRYPANOSOMA CRUZI EXPOSTAS À RAMNOLIPIDEO
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Vitória da Silva Proença, João Guilherme Araujo Matarazo, Bruno Kenji Kito, Davi G.S. Merighi, Valéria Cataneli Pereira, Eliana Peresi-Lordelo, Thaís Batista Carvalho
Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Presidente Prudente, SP, Brasil
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Introdução

A doença de Chagas é uma enfermidade tropical de extrema relevância, visto que apresenta alto índice de infectados e possui grande impacto socioeconômico. Entretanto, as drogas disponíveis possuem diversas restrições quanto à efetividade, dessa forma, é crucial a busca por novos medicamentos. Os ramnolipídeos têm chamado atenção como agente antimicrobiano, pois provocam alteração da permeabilidade da membrana de microrganismos, destruindo-os ou potencializando o efeito de outras drogas.

Objetivo

O objetivo do presente estudo foi avaliar a ação do ramnolipídeo sobre cultura axênica de cepa Y de Trypanosoma cruzi.

Método

Com este intuito, 105 epimastigotas/mL foram incubadas a 25°C em meio LIT (Liver Infusion Tryptose) e expostas ao ramnolipídeo na concentração de 0,5% durante 24 horas. Culturas não tratadas e tratadas com violeta genciana nas concentrações de 12,5µg/mL e 125µg/mL foram utilizadas em todos os ensaios como controle negativo e positivo, respectivamente. Após o período de incubação, as culturas foram avaliadas quanto ao crescimento, sendo este parâmetro observado em contagem em câmara de Neubauer. Os resultados foram expressos como a quantidade média de epimastigotas que cresceram após o período de incubação, sendo as culturas experimentais comparadas às culturas controle.

Resultados

Observou-se que a cultura tratada com ramnolipídeo apresentou inibição significativa de crescimento em comparação ao cultivo não tratado, não sendo encontradas células viáveis à observação em microscópio óptico, além de serem observadas alterações na morfologia, como arredondamento, perda de flagelo e motilidade. As culturas tratadas com violeta genciana a 125µg/mL não apresentaram células viáveis e a tratada com o corante a 12,5µg/mL mostrou poucas células viáveis com alterações morfológicas, sendo as formas lentas e arredondadas.

Conclusão

Os resultados obtidos demonstram que o ramnolipídeo apresentou atividade sobre cultura de T. cruzi, promovendo inibição do seu crescimento. Por ser uma substância anfipática, o ramnolipídeo deve ter alterado a permeabilidade da membrana celular das epimastigotas, visto que foram observadas células túrgidas após a exposição ao biossufactante.

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