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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐378
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INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA POR SACCHAROMYCES CEREVISAE: RELATO DE CASO
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Rafael de Holanda Okuhara, Eloisa Basile S. Ayub, Andre Kataguiri, Mateus Ettori Cardoso, Luisa Paulino Silva, Frederico M. Veronese, Marcella P. Martins, Olavo H. Munhoz Leite, David E. Uip
Hospital Estadual Mário Covas, Santo André, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Infecções fúngicas em paciente em ambiente de UTI são prevalentes e importantes devido sua gravidade. Já infecções por Saccharomyces cerevisae são raras e normalmente ocorrem em pacientes imunocomprometidos, seja por tumores sólidos ou hematológicos ou por medicações.

Objetivo: Descrever um caso de infecção de corrente sanguínea por Saccharomyces cerevisae em paciente crítico, imunocomprometido e que não fazia uso de probiótico durante a internação, fazer uma revisão da literatura quanto ao tratamento e fatores associados a infeccção por essa levedura.

Metodologia: Masculino, 80 anos, internado no Hospital Estadual Mario Covas (HEMC) em agosto de 2018, submetido a hemicolectomia por adecarcinoma de cólon esquerdo. Evoluiu estável no pós‐operatório recebendo alta no 5° dia. Retorna no 7°PO com diagnóstico de evisceração da ferida operatória (FO). Foi submetido a a laparotomia exploradora com ressutura de parede abdominal. No PO, paciente evoluiu com choque séptico de foco abdominal, sendo iniciado antimicrobianos, droga vasoativa e intubação orotraqeual (IOT) mais ventilação mecânica (VM) pela insuficiencia respiaratória (IRpA) associada. Apresentou lesão renal aguda multifatorial, sendo indicado hemodialíse, a qual realizou por 20 dias, melhorando do quadro renal, sendo interrompida as sessões. Doze dias após evoluiu com melhora do choque, desmamando droga vasoativa e sendo extubado sem intercorrências. Porém após nova reaboragem para limpeza de FO evoluiu com novo choque séptico de foco abdominal, necessitando de droga vasoativa, IOT+VM e escalonda antimicrobianos após coleta de culturas. Hemoculturas de sangue periférico com crescimento de Saccharomyces cerevisae em duas amostras. Sendo coletado novo par de hemocultura com crescimento da levedura e confirmado pelo método MALDI‐TOF. Mesmo após a introdução dos antibióticos e do anti‐fúngico, o paciente evolui a óbito.

Discussão/Conclusão: Saccharomyces são leveduras normalmente empregadas na culinária, mas são raros quando se entra no âmbito de fungemia. Em 1987, Cimolai et al., relataram o sétimo caso de fungemia por Saccharomyces no Reino Unido, em paciente doente renal crônico dialítico que foi submetido a cirurgia de trato gastrointestinal (TGI). Fatores de risco para infecção por Saccharomyces pacientes em UTI, com doença gastrointestinal grave, ventilação mecânica ou cateter venoso central, em tratamento com ATB de amplo espectro ou pacientes imunossuprimidos, seja por doença ou medicamentos, tem maior chance de desenvolver infecção fúngica.

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