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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 65-66 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 65-66 (December 2018)
EP‐061
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INCIDÊNCIA E PROGRESSÃO DA BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA E INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM TRANSPLANTADOS RENAIS
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Lucas Vitale Pignaton, Mayra Gonçalves Menegueti, Daniel Borges Drumond, Tânia Marisa Pisi Garcia, Gilberto Gambero Gaspar, Tânia Marisa Pisi Garcia, Miguel Moysés Neto, Fernando Bellissimo‐Rodr, Elen Almeida Romão
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 3 ‐ Horário: 14:12‐14:17 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A indicação de tratamento da bacteriúria assintomática (BA) após o transplante renal (txR) não está bem estabelecida. Não tratá‐la pode levar à ocorrência de infecção grave e/ou perda do enxerto. Tratá‐la pode levar a seleção de germes multirresistentes.

Objetivo: Avaliar a incidência da BA e sua evolução após txR nos casos tratados e não tratados com antimicrobianos; identificar fatores de risco associados à BA e ao 1° episódio de infecção do trato urinário (ITU); avaliar a função renal após um ano de txR segundo a ocorrência de ITU.

Metodologia: Coorte retrospectiva que avaliou 98 pacientes durante um ano após o txR. BA foi definida como qualquer crescimento bacteriano em cultura de urina. ITU foi definida como presença de sintomas do trato urinário ou elevação de creatinina na vigência de urocultura positiva.

Resultado: Eram do sexo masculino 64 (65,3%) pacientes. Receberam diagnóstico de BA 54 (55,1%) dos pacientes, ITU 13 (13,3%), perda de enxerto 29 (29,6%), rejeição 20 (20,4%), óbitos nove (9,37%). O uso de globulina de coelho antitimocitária, a ausência de diurese residual, a infecção do sítio cirúrgico e o sexo feminino não se associaram à ITU (p=0,24; 0,50; 0,52, 0,76 respectivamente). Dentre os 54 pacientes com BA, 59,26% não a trataram e 40,74% a trataram. O tratamento da BA não esteve associado a redução dos casos de ITU (RR 1,45; 0,41–5,21, p=0,70). A proporção de ITU entre os portadores de BA tratados foi de 18,2% e entre os não tratados foi de 12%. Dentre os 98 pacientes, 54 (55,1%) apresentaram diarreia no primeiro ano pós‐transplante. Dentre esses, seis (11,1%) tiveram ITU, em um intervalo menor do que um mês, após a diarreia. Dentre os 44 pacientes que não tiveram diarreia, apenas três (6,85%) tiveram ITU. Essa diferença entre os grupos não foi significativa (p=0,51), provavelmente pelo tamanho da amostra. A creatinina do grupo com ITU 1,72 (1,62; 2,32) não foi diferente, no fim do 1° ano pós TxR, quando comparada com o grupo que não teve ITU 1,44 (1,12; 2,07), p=0,14.

Discussão/conclusão: A bacteriúria assintomática não foi um fator de risco para ITU e seu tratamento não preveniu a ITU. Dessa forma, este estudo sugere que o tratamento da bacteriúria assintomática, como profilaxia para desenvolvimento de ITU, não é efetivo. É necessário um maior número de pacientes para avaliar efetivamente se a diarreia pode ser considerada fator de risco para o desenvolvimento de ITU pós‐transplante. A ocorrência de ITU não se associou à pior desfecho do transplante renal, após um ano de seguimento.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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