XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
More infoO aumento de agentes biológicos imunossupressores dobrou o risco de infecções imunopreveníveis. Níveis subótimos de vacinação são realidade para esta população. Avaliar níveis vacinais em pacientes usando biológicos imunossupressores e suas características epidemiológicas mostra-se relevante, portanto.
MétodosEstudo descritivo transversal, incluindo pacientes ambulatoriais de hospital terciário em 2022. Usados bancos de dados dos sites governamentais SAÚDE e VACIVIDA, dos prontuários e questionários feitos em ligações aos pacientes.
ResultadosForam incluídos 142 pacientes inicialmente e do total 53.5% estavam acima de 60 anos. Mulheres foram prevalentes, mas não houve associação significativa entre gênero e vacinação. Vacina contra covid-19 estava completa em 51.5%. As demais taxas foram: Vacina dT 35.7%; hepatite B 32.9%; pneumocócica 23 27.1%; influenza 20%; febre amarela 15.7%; meningocócica 14.3%; hepatite A 5.7%; pneumocócica 13 5.7%; hemófilos B nenhum paciente; Imunidade contra HBV com proteção (antiHbs >10) 7.6%. Algumas condições favoreceram a vacinação neste estudo: Ter doença inflamatória intestinal (p: 0,001); esclerose múltipla (p: 0,003); ser acompanhado nas especialidades gastroenterologia (p: 0,001) e reumatologia (p: 0,013). Ser acompanhado na gastroenterologia reduziu a chance de ser encaminhado para vacinação (RR 0,1 IC 0,0-0,8 p: 0,021). O questionário aplicado mostrou pouco medo para vacinar (7.5%), presença significante de carteira de vacinação (64.2%) encaminhamento para vacinação pelo médico de origem (52.8%) e ótimo encaminhamento para vacina contra COVID-19 (100%).
ConclusãoAo considerar o fornecimento gratuito de imunizantes pelo Ministério da Saúde e a facilidade de realização das vacinas na própria instituição, medidas in loco para melhoria dos dados devem ser discutidas com cada equipe.