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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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MOTIVOS DE HESITAÇÃO À VACINAÇÃO CONTRA MPOX ENTRE HOMENS GAYS USUÁRIOS DE PREP PARA O HIV
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Alberto dos Santos de Lemosa,b,
Corresponding author
aslemosdip@yahoo.com.br

Corresponding author.
a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A mpox emergiu em 2022 como problema global, incluindo o Brasil. A maioria dos casos vem se concentrando em homens cis gays sexualmente ativos (HSH). Apesar de disponibilizada a vacinação específica incluindo pessoas em uso de PrEP do HIV, as coberturas vêm se mantendo baixas. A hesitação vacinal é um fenômeno social emergente no Brasil, amplificado nos últimos anos. Delimitar conceitos prevalentes em grupos específicos é fundamental para a elaboração de estratégias de comunicação efetivas para minimizar o problema.

Objetivo

Identificar os principais motivos de não vacinação contra mpox em homens gays brasileiros.

Métodos

Utilizou-se um questionário online com perguntas fechadas. Foram selecionados indivíduos que se declararam HSH e fazem uso de PrEP do HIV. O questionário incluiu informações demográficas e, para os que declararam não vacinados, uma lista de itens para serem identificados (sim ou não) como motivos de não vacinação e depois classificados em ordem de importância. Ao fim do preenchimento, informações sobre a vacina contra mpox foram disponibilizadas.

Resultados

Entre janeiro e maio de 2023, foram incluídos 237 indivíduos que preencheram os critérios de inclusão. A idade variou de 18 a 54 anos, com mediana de 32. A maioria residia no RJ (35%) e SP (21%) e declarou ser de cor branca ou parda (37% cada). Não tomaram a vacina 132 indivíduos (57%). As cinco razões para a não adesão mais frequentes foram desconhecer o local de oferta da vacina (76%), desconhecer a disponibilidade da vacina (76%), acreditar que se trata de uma vacina experimental (50%), acreditar que não está sob risco (50%) e dúvida sobre efeitos adversos (50%). Entre os que escolheram mais de um motivo (92%), o identificado como mais importante foi dúvida sobre efeitos adversos (50%). Apenas um indivíduo declarou não acreditar em vacinas no geral, o único que informou não desejar receber a vacina após a leitura das informações disponibilizadas.

Conclusões

Apesar de se tratar de uma amostra pequena, pode-se concluir que os canais de informação em saúde para HSH, a respeito de mpox e sua prevenção, ainda sejam inefetivos para uma significativa parcela de HSH da região sudeste do Brasil, o que pode justificar a baixa cobertura vacinal contra mpox nesse estrato populacional. A hesitação vacinal deve ser estudada mais detalhadamente com foco em vacinas e grupos de pessoas específicos e não só como representação social contra a vacinação em geral.

Palavras-chave:
Vacinas Mpox Hesitação vacinal
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