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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
OR‐26
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IMPACTO DAS MEDIDAS BÁSICAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL COM PERFIL CARDIOLÓGICO CIRÚRGICO: BACK TO BASIC
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Camila da Silva Bicalho, Aline Avila Cordeiro, Fernanda Saad Rodrigues, Fabiana Schimidt, Fabiana de Lima Ribeiro, Thais Batista, Luis Cavalcanti, Ayrton Bertini, Vilani Kremer
Hospital Regional de Sorocaba “Dr. Adib Domingos Jatene”, Sorocaba, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Sessão: TEMAS LIVRES | Data: 03/12/2020 ‐ Sala: 2 ‐ Horário: 18:25‐18:35

Introdução: As infecções de corrente sanguínea associadas a cateter venoso central (ICS‐CVC) são causa importante de morbimortalidade entre os pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Pacientes cardiopatas pediátricos em cuidados intensivos apresentam internações prolongadas, são submetidos a procedimentos cirúrgicos, uso de múltiplos dispositivos invasivos e muitas vezes comprometimento da imunidade por conta do bypass cardiopulmonar. Estudos evidenciam que nessa população as ICS‐CVC são a principal topografia de Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS).

Objetivo: Avaliar o impacto de medidas básicas para a prevenção de ICS‐CVC em uma unidade de terapia intensiva neonatal de perfil cardiológico cirúrgico.

Metodologia: Após a identificação do aumento das ICS‐CVC, o SCIH realizou uma avaliação de todos os processos relacionados a UTI neonatal que poderiam estar envolvidos nesse aumento. Foram tomadas medidas para corrigir as não conformidades encontradas e realizado acompanhamento das densidades de ICS‐CVC para avaliar o impacto das medidas.

Resultados: No 2° trimestre de 2019 houve um aumento 33% nos casos de ICS‐CVC na UTI neonatal em relação ao 1° trimestre desse mesmo ano. Nessa unidade o Bundle IHI de Prevenção de ICS‐CVC estava implantado com adesão de 88%. Na investigação das possíveis causas encontramos: elevado número de punções até estabelecimento do acesso venoso, ausência de planejamento dos acessos venosos, baixa taxa de adesão as oportunidades de higienização das mãos (43%) e ausência de fluxo de limpeza dos equipamentos de ecocardiografia. Foi implantado o time de acessos venosos, realizado treinamento com os colaboradores sobre higienização das mãos e estabelecido o fluxo de limpeza dos aparelhos. Após a introdução das medidas houve queda na densidade de ICS‐CVC de 18,5 (p=0,0571 e IC 95%: 0,0366 a 0,0879) para 4,2 (p=0,0268 e IC 95%: 0,0023 a 0,0146).

Discussão/Conclusão: Na literatura as medidas de prevenção da ICS‐CVC são amplamente estudadas e difundidas. Em uma situação de aumento das ICS‐CVC os serviços que apresentam o Bundle IHI implantado e com alta taxa de adesão tendem a procurar outras causas para esse aumento. Muitas vezes esses serviços investem em medidas caras e com menor evidência. Nosso trabalho evidencia que ̈voltar ao básicö é possível e que medidas básicas e consagradas têm impacto na diminuição da ICS‐CVC.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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