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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐204
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HISTOPLASMOSE DISSEMINADA COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DA INFECÇÃO PELO HIV: AS CONSEQUÊNCIAS DO DIAGNÓSTICO TARDIO
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Jaime Emanuel Brito Araujo, Maria Aparecida de Souza Guedes, Jack Charley da Silva Acioly, João Paulo Ribeiro Machado, Maria das Neves Porto de Andrade, Renata Salvador G. de Brito, Júlia Regina C. Pires Leite
Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: As dificuldades para o diagnóstico precoce e instituição de terapia eficaz em pacientes com histoplasmose acometidos pelo vírus HIV são discutidas a partir do relato de três casos de histoplasmose disseminada que ocorreram como primeira manifestação da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA).

Objetivo: Relatar três casos de Histoplasmose disseminada grave como primeira manifestação da SIDA.

Metodologia: As informações dos casos foram compiladas com base em revisão do prontuário e da literatura, respeitando os princípios éticos de pesquisa.

Resultados: Relata‐se o caso de três pacientes do sexo masculino, entre 26 e 35 anos, sem comorbidades prévias, internados no Serviço de Infectologia após confirmação laboratorial para o HIV. Em comum, apresentavam astenia, palidez cutâneo‐mucosa, febre, tosse seca, emagrecimento e diarréia havia mais de 3 meses; hepatoesplenomegalia, pancitopenia, insuficiência renal, alterações em coagulograma, elevação importante de enzimas hepáticas; desidrogenase láctica acima de 1.000 U/L; CD4 inferior a 100 e Carga Viral superior a 50.000 cópias; nódulos esparsos inespecíficos em Tomografias de Tórax e Abdome. Evoluíram com piora importante da função renal e do padrão respiratório, baixo índice de oxigenação e acidose metabólica, simulando quadro séptico, com uso de antimicrobianos de amplo espectro, sem resposta satisfatória nas 2 primeiras semanas. Instituídos tratamentos empíricos para pneumocistose e estrongiloidíase disseminada, sem sucesso após 14 dias. Descartou‐se infecção pelo Mycobacterium avium e Mycobacterium tuberculosis. Pela indisponibilidade de exames micológicos e piora clínica, instituído tratamento empírico com Anfotericina. Um dos pacientes evoluiu com choque circulatório, necessidade de ventilação mecânica e diálise, com óbito em 6 dias. No seu sangue periférico foram observadas estruturas fúngicas compatíveis com Histoplasma capsulatum. Os dois outros casos evoluíram para melhora clínico‐laboratorial, sendo um deles confirmado por mielograma, que mostrou elementos leveduriformes compatíveis com H. capsulatum e o outro por Imunodifusão.

Discussão/Conclusão: Como o diagnóstico definitivo da histoplasmose pode ser difícil e demorado, outros exames laboratoriais, inespecíficos, podem ser úteis para decidir o início da terapia empírica. É importante que, diante de suspeição clínica, inicie‐se a terapia precoce, visando modificar a taxa de letalidade por esta afecção.

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