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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐178
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GANHO DE PESO E INCIDÊNCIA DE OBESIDADE EM PACIENTES VIVENDO COM HIV EM USO DE INIBIDORES DE INTEGRASE EM SALVADOR ‐ BA
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Arthur Cardoso Tolentino, Gabriel Freitas da Silva, Giovanna Harzer Santana, Keila da Silva G. Di Santo, Lara Moraes Torres, Tatiana Ferreira M Fernandez, Victor Oliveira Rocha, Sávio Vinicius Burity A.N. Amaral, Carlos Roberto Brites
Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A classe dos inibidores de integrase (INSTI) é recomendada nas diretrizes de tratamento do HIV, pela sua segurança, eficácia e facilidade de administração. Contudo, artigos recentes demonstraram maior incidência de ganho de peso associado ao uso de INSTI.

Objetivo: Este estudo investiga a associação entre uso de INSTI, ganho de peso e aumento do índice de massa corporal (IMC) em um ano em pacientes vivendo com HIV (PVHIV) em uso regular da TARV e carga viral (CV) indetectável.

Metodologia: Foi realizada uma coorte retrospectiva com 209 pacientes (70 em uso de INSTI e 139 em uso de outras TARV) com mais de 18 anos, em uso regular da TARV e com CV indetectável, acompanhados em ambulatório de referência em Salvador ‐ Bahia. Os dados sociodemográficos, antropométricos, clínicos e de status imune dos pacientes, referentes à última consulta médica e no período anterior de um ano, foram coletados através da revisão de prontuários. Análises univariadas foram realizadas e aquelas variáveis com valor de significância p<0,2 foram incluídas nos modelos multivariados.

Resultados: Não houve diferenças estatisticamente significantes entre as características sociodemográficas, antropométricas e de status imunológico no baseline dos participantes. Após um ano, o grupo em uso de INSTI apresentou maior ganho de IMC mediano [0,29 (IIQ ‐0,24 a 0,96) vs. 0,13 (IIQ ‐0,53 a 0,69); p=0,03], uma tendência ao maior ganho de peso [0,75 (IIQ ‐0,80 a 2,72) vs. 0,40 (IIQ ‐1,60 a 1,80); p=0,06] e maior incidência de sobrepeso/obesidade [6,0% vs. 2,9%; RR 2,12 (IC 95% 0,53‐8,0); p=0,28]. No modelo multivariado final, o uso de INSTI e aumento de IMC (p=0,03) permaneceu estatisticamente significante.

Discussão/Conclusão: Nossos achados evidenciam um ganho significativo de IMC com o uso de INSTI, bem como uma tendência a maior ganho de peso e a maior incidência de obesidade. Entretanto, ainda não é conhecido se este efeito está associado ao uso do INSTI ou à toxicidade de outros esquemas antirretrovirais. O efeito de ganho de peso e suas possíveis implicações metabólicas devem ser considerados no uso de INSTI tanto em pacientes iniciando a TARV, quanto naqueles em switch de esquemas anteriores, devendo o profissional de saúde estimular o cultivo de bons hábitos de vida pelo paciente, para prevenir desfechos ruins associados à obesidade e sobrepeso no futuro.

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