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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐179
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A PESSOA IDOSA E HIV/AIDS: ANÁLISE DE UMA DÉCADA EM UM ESTADO NO SUL DO BRASIL
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Rafaela Marioto Montanha, Lais Cristina Gonçalves Ribeiro, João Victor Rodrigues Cardoso, Francieli Midori B.F. Carvalho, Aline Mie Nishimura, Lucas Gabriel Capelari, Caroline Queiroz Coelho, Paola Ramos Silvestrim, Rejane Kiyomi Furuya, Flávia Meneguetti Pieri
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Passados mais de 30 anos do início da epidemia, o HIV/Aids permanece como um agravo de importância global. Ao analisar a distribuição da doença no país, foram observados números relevantes de infecções na população idosa. Com aumento da sobrevida, a infecção pelo HIV pode causar impacto na qualidade de vida e senilidade desta população.

Objetivo: Estimar a prevalência de casos de HIV/Aids em idosos e descrever o perfil demográfico e clínico desta população no estado do Paraná.

Metodologia: Trata‐se de um estudo transversal, descritivo. A amostra foi constituída por pessoas acima de 60 anos notificadas com HIV/Aids no Sistema de Informações de Agravos de Notificação entre janeiro/2009 e dezembro/2019 no Paraná. O Estado é dividido por 399 municípios, com uma população estimada para 2020 de 11.516.840 pessoas. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science. CAAE: 00603718.6.0000.5231.

Resultados: No período de 2009 a 2019, foram notificados 1666 casos de HIV/Aids em idosos no Paraná. O número de notificações se apresentou de forma ascendente, com 78 (4,7%) em 2009, para 237 (14,2%) notificações em 2019. A região do Estado com maior preponderância de casos foi a Leste, concentrando mais da metade das notificações (n=916; 55,0%). Em relação as características demográficas, prevaleceram homens (n=960; 57,6%), faixa etária de 60 a 69 anos (n=1372; 82,4%), cor branca (n=1215; 72,9%), com até 8 anos de estudo (n=887; 53,2%). Dentre o tipo de exposição ao HIV/Aids, houve domínio do heterossexual (n=1297; 77,9%). O sinal clínico definidor de Aids com maior predomínio foi contagem de linfócitos T CD4+ menor que 350 cel/mm3 (n=764; 45,9%) segundo o critério CDC Adaptado, seguido da caquexia ou perda de peso maior que 10% (n=530; 31,8%) de acordo com critério Rio de Janeiro/Caracas. Em relação a evolução dos casos, foram notificados 323 (19,4%) óbitos por Aids em idosos em uma década de estudo.

Discussão/Conclusão: Os avanços sociais e as melhorias nas condições gerais de vida da população repercutem na expectativa de vida. A soma desses fatores reflete na incidência de HIV/Aids em idosos, tornando‐se progressiva. Portanto, é imprescindível reconhecer as diferenças e especificidades dos idosos vulneráveis à exposição ao HIV, a fim de nortear a implementação de políticas e programas visando o diagnóstico precoce, redução do estigma e melhora da qualidade de vida dos indivíduos acometidos.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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