12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoAg. Financiadora: Fundação São Paulo
Nr. Processo: 11738
Introdução: A febre amarela é uma doença infecciosa causada pelo Flavivirus, constituindo‐se uma arbovirose de importante gravidade clínica. A partir de dezembro de 2016, observou‐se aumento dos casos de febre amarela silvestre, com potencial risco de reurbanização em áreas com proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Objetivo: Nesse cenário, decidiu‐se identificar o nível de informação e a percepção da população acerca da febre amarela, além de avaliar os meios de comunicação utilizados por essa população para se informar sobre a doença, e, ainda, avaliar se a presença de discentes e docentes da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FCMS‐PUC/SP) em unidades de saúde de Sorocaba contribui para o nível de informação dos usuários.
Metodologia: Através de uma metodologia transversal analítica, foram selecionadas 5 unidades básicas de saúde (UBS) de Sorocaba, vinculadas à FCMS‐PUC/SP, nas quais foram aplicados 530 questionários, sendo 500 em usuários dessas UBS, tendo p<0,05, e 30 em agentes comunitários da saúde (ACS). O questionário foi elaborado pelas pesquisadoras através de pesquisa bibliográfica e posterior validação de conteúdo por profissionais da área da saúde.
Resultados: Observou‐se que os principais veículos de comunicação citados foram televisão, redes sociais e internet, além do médico, que ocupa um papel central dentre os profissionais a quem os participantes procuram. Quanto à vacina, observou‐se que a taxa de não vacinação entre os usuários foi de 22,4%, ao passo que todas as ACS foram vacinadas, e que apenas 62,0% dos participantes acreditam na segurança da vacina contra a febre amarela. Quanto à campanha de vacinação, 13,3% das ACS e 19,0% dos usuários relataram terem sido pouco informados, além dos 18,6% de usuários que assinalaram não terem recebido informação nenhuma. Constatou‐se que o nível de conhecimento da população é influenciado por faixa etária, escolaridade e condição socioeconômica do participante. Por fim, as ACS apresentaram melhor desempenho nas questões de conhecimento geral sobre a doença em comparação aos usuários das unidades, entretanto, apenas 36,6% delas sentem‐se muito preparadas para abordar o tema.
Discussão/Conclusão: O trabalho revelou que os usuários das UBS e as ACS têm um nível médio de conhecimento sobre a doença, fazendo‐se necessário ampliar a divulgação e esclarecimento da população acerca da febre amarela para se alcançar seu controle.