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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 82 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 82 (December 2018)
EP‐094
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FATORES DE RISCO E COMORBIDADES EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV EM USO DE ANTIRRETROVIRAIS
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Vânia V. Melo Fagundes Vidal, Karen Ingrid Tasca, Vanessa Martinez Manfio, Alexandre Naime Barbosa, Lenice do Rosario de Souza
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Botucatu, SP, Brasil
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Ag. Financiadora: Fapesp

N°. Processo: 2016/15440‐4

Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 8 ‐ Horário: 13:58‐14:03 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A terapia antirretroviral (TARV) melhorou a sobrevida das pessoas que vivem com infecção pelo HIV/Aids (PVHA), que passou de doença fatal para condição crônica.

Objetivo: Fazer o diagnóstico precoce dos fatores de risco e comorbidades em PVHA submetidas ao uso crônico de antirretrovirais.

Método: Estudo observacional que incluiu 88 PVHA do sexo masculino, divididos em três grupos (G): G1 ‐ 24 pacientes em uso da TARV por menos de dois anos; G2 ‐ 26 pacientes em uso da TARV por dois a cinco anos; G3 ‐ 38 pacientes em uso da TARV por mais de cinco anos. A densidade mineral óssea (DMO) do fêmur e da coluna lombar foram avaliados por absorciometria de dupla emissão de raios X ou DXA (Dual‐Energy X‐Ray Absorptiometry). A probabilidade de fratura foi feita pela ferramenta FRAXTM. Parâmetros laboratoriais analisados: níveis séricos de vitamina D, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina total, paratormônio (PTH), colesterol total e HDL, creatinina e contagens de linfócitos T CD4+. Calculou‐se a taxa de filtração glomerular (TFG) pela fórmula CKD‐EPI e o risco cardiovascular pelo escore de Framingham. Fez‐se análise descritiva, frequência relativa, qui‐quadrado e teste de média Anova ou Gama.

Resultados: As médias de idade e peso foram, respectivamente, de 42,6±10,7 anos e 76,1kg. A média do IMC dos 88 participantes estava dentro da normalidade, porém 44,3% estavam com sobrepeso e 8% com obesidade. Concentrações normais ou suficientes de vitamina D ocorreram em 60,2% dos indivíduos, insuficiência em 29,5% e deficiência em 10,2%. Houve diferença entre os grupos quanto ao tempo de uso de TARV (< 0,001). Maiores médias de colesterol total e HDL foram encontradas no G2 em relação ao G1, sem diferença com G3. TFG menores foram encontradas no G3 (< 0,001). Risco cardiovascular intermediário foi encontrado em 24,1% e, alto, em 9,2% dos pacientes, enquanto osteopenia ocorreu em 41,9% e osteoporose em 18,9%. As alterações ósseas foram mais frequentes no G3. O FRAX foi avaliado em 68 PVHA, não houve diferenças entre os grupos.

Discussão/conclusão: O uso crônico de antirretrovirais e o aumento da expectativa de vida das PVHA contribuem para o advento de doenças cardiovasculares, renais e ósseas. Assim, considera‐se fundamental traçar estratégias de intervenção precoce dos fatores de risco e comorbidades relacionada à doença crônica e ao tratamento.

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