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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐343
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FATORES ASSOCIADOS À CIRCULAÇÃO DE COXIELLA BURNETII, AGENTE ETIOLÓGICO DA FEBRE Q, NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL
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Igor Rosa Meurer, Marcio Roberto Silva, Marcos Vinícius Ferreira Silva, Ana Íris de Lima Duré, Talita Émile Ribeiro Adelino, Alana Vitor Barbosa da Costa, Chislene Pereira Vanelli, Tatiana Rozental, Elba Regina Sampaio de Lemos, José Otávio do Amaral Corrêa
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, JF, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: FAPEMIG/PPSUS

Nr. Processo: APQ‐04335‐17

Introdução: A febre Q é uma doença zoonótica causada pela bactéria Coxiella burnetii. Sua principal forma de transmissão, à população humana, ocorre através da inalação de aerossóis contaminados com produtos de animais infectados, principalmente bovinos, caprinos e ovinos. Esses aerossóis podem ser dispersados pelo vento por pelo menos 30km de distância, contribuindo para ocorrência de casos de febre Q longe das áreas primárias de contaminação. A infecção em humanos apresenta um amplo espectro clínico, podendo variar desde ausência de sintomas até quadros graves e fatais. Surtos de febre Q em humanos geralmente estão relacionados a regiões que apresentam alta densidade de animais de pecuária. O Brasil apresenta um dos maiores efetivos de bovinos do mundo e a ocorrência da febre Q nesses animais pode trazer graves consequências à saúde pública.

Objetivo: Investigar os possíveis fatores associados à circulação de C. burnetii no estado de Minas Gerais, Brasil e descrever os municípios com alta concentração de bovinos, caprinos e ovinos.

Metodologia: Pacientes de 126 municípios de Minas Gerias tiveram amostras de soro analisadas para a presença de anticorpos anti‐C. burnetii, 20 deles apresentaram pacientes sororreativos. A investigação dos fatores associados foi feita analisando‐se individualmente esses 20 municípios em relação ao tipo de animal (rebanho) que apresentou o maior efetivo de cabeças, dentre bovino, caprino e ovino. A concentração da soma de bovinos, caprinos e ovinos, dos 126 municípios do estudo, foi determinada em relação à sua área territorial e em relação a cada 1 mil habitantes de sua população.

Resultados: Os bovinos representaram mais de 80% em relação aos efetivos de bovinos, caprinos e ovinos. Os municípios de Moema e Araújos foram os que apresentaram as maiores concentrações de animais por km2 de área territorial (> 97). Já os municípios de Gurinhatã e Estrela do Indaiá foram os que apresentaram as maiores concentrações de animais por cada 1 mil habitantes (> 14 mil).

Discussão/Conclusão: Dentre os principais animais relacionados à transmissão de C. burnetii aos seres humanos, os bovinos foram o principal fator associado a circulação desse patógeno nos municípios com pacientes sororreativos. Os municípios com altas concentrações de bovinos, caprinos e ovinos devem atentar para a possibilidade da ocorrência de surto de febre Q em humanos caso esses animais desenvolvam a doença, reforçando as medidas de monitoramento e prevenção.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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