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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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EXPOSIÇÃO A RICKETTSIA BELLII REDUZ A CAPACIDADE AMPLIFICADORA DE RICKETTSIA RICKETTSII PARA CARRAPATOS AMBLYOMMA SCULPTUM EM COBAIAS
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Lina de Campos Bindera,
Corresponding author
binderlina@gmail.com

Corresponding author.
, Talita Beck Strabelli dos Santosa, Herbert Sousa Soaresb, Carlos Eduardo Camargo Fanchinia, Marcelo Bahia Labrunaa
a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
b Universidade Santo Amaro (UNISA), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução e objetivo

No estado de São Paulo as capivaras são as principais hospedeiras amplificadoras da Rickettsia rickettsii, agente etiológico da febre maculosa brasileira (FMB), para o carrapato vetor Amblyomma sculptum. No entanto, muitas áreas com presença de capivaras e A. sculptum permanecem livres de R. rickettsii, indicando que outros fatores podem estar envolvidos na circulação da R. rickettsii em uma determinada área. Anteriormente, observou-se que as áreas endêmicas para FMB se diferenciam das não endêmicas pela predominância de A. sculptum na primeira, em contraponto à predominância de Ambyomma dubitatum na segunda. Considerando que carrapatos A. dubitatum encontram-se frequentemente infectados por Rickettsia bellii, uma possível interferência de R. bellii na capacidade amplificadora da capivara para R. rickettsii poderia explicar a distribuição heterogênea de R. rickettsii nas populações de A. sculptum no estado de São Paulo. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar experimentalmente se uma exposição prévia a carrapatos A. dubitatum infectados com R. bellii é capaz de reduzir a amplificação da R. rickettsii para carrapatos A. sculptum.

Métodos

Foram utilizadas nove cobaias divididas em três grupos experimentais. Três cobaias infestadas com carrapatos A. dubitatum infectados com R. bellii (Grupo GB), quatro cobaias infestadas com carrapatos A. dubitatum não infectados (Grupo GD) e duas cobaias não expostas a carrapatos A. dubitatum (Grupo GC). Após as infestações com A.dubitatum, cada cobaia foi infestada com uma única fêmea de A. sculptum infectada com R. rickettsii e em seguida com larvas de A. sculptum não infectadas. As larvas ingurgitadas foram coletadas e, após realizarem ecdise, foram submetidas à extração de DNA. As amostras de DNA foram testadas utilizando-se um protocolo de PCR convencional para detecção de riquétsias do grupo da febre maculosa.

Resultados

Todas as cobaias apresentaram manifestações clínicas compatíveis com uma infecção por R. rickettsii. Cinco das seis cobaias dos grupos GD e GC vieram a óbito em contraponto a apenas uma das cobaias do grupo GB. A taxa de infecção por R. rickettsii entre os carrapatos do grupo GB foi de 21% (17/80), sendo significantemente menor que a taxa de 54% (60/111) observada nos grupos GD e GC (p < 0,00001).

Conclusão

A exposição prévia a carrapatos A. dubitatum infectados com R. bellii reduziu a capacidade amplificadora de R. rickettsii das cobaias para o carrapato A. sculptum.

Palavras-chave:
febre maculosa brasileira Amblyomma dubitatum capivara São Paulo
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