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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
ÁREA: EPIDEMIAS E DOENÇAS EMERGENTESOR‐05
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EVOLUÇÃO TEMPORAL DA INCIDÊNCIA DAS HEPATITES A, B E C, NO BRASIL E NO ESTADO DE SÃO PAULO, DE 2006 A 2018
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Thais C.R.O. Konstantyner, Camila Bertini Martins, Beatriz Maurer Costa, Tulio Konstantyner
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Sessão: TEMAS LIVRES | Data: 01/12/2020 ‐ Sala: 2 ‐ Horário: 18:15‐18:25

Introdução: A análise periódica da evolução temporal das doenças (re)emergentes é essencial para subsidiar ações no Sistema Único de Saúde (SUS). Especificamente, o monitoramento da incidência das hepatites possibilita avaliar as estratégias de prevenção no país para o alcance da meta assumida para eliminação das hepatites virais até 2030.

Objetivo: Analisar a tendência temporal da incidência das hepatites A, B e C no Brasil e no Estado de São Paulo (ESP).

Metodologia: Estudo ecológico de séries temporais com dados públicos de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação ‐ SINAN, registrados no período de 2006 a 2018. Foram construídas séries históricas de incidência das hepatites A, B e C para o Brasil e para o ESP. Utilizou‐se o modelo de Prais‐Winsten para análise de tendência; o ano de ocorrência dos casos foi considerado como variável independente (X) e o logaritmo das incidências como variável dependente (Y). Foram calculados APCs (annual percentage change) e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Considerou‐se tendência ascendente quando a APC foi positiva, decrescente quando a APC foi negativa, e estacionária quando o zero estava contido no intervalo de confiança de 95%. As análises foram realizadas no Stata 16.1.

Resultados: Ente 2006 e 2018, foram notificados 95.472 casos de hepatite A, 192.088 de hepatite B e 153.590 de hepatite C. O ESP foi responsável por 5%, 22% e 48% destas notificações, respectivamente. No Brasil, houve uma redução na incidência de hepatite A (incidência média: 4 casos/100 mil; APC: ‐37%; IC95%: ‐47% a ‐28%) e aumento na hepatite C (incidência média: 6 casos/100 mil; APC: 5%; IC95%: 1% a 11%); a hepatite B apresentou‐se estacionária (incidência média: 7 casos/100 mil; APC: 1%; IC95%: ‐6% a 7%). Já no Estado de São Paulo, as séries históricas das incidências de hepatite A (incidência média: 1 casos/100 mil; APC: 11%; IC95%: ‐13% a 42%), hepatite B (incidência média: 8 casos/100 mil; APC: ‐2%; IC95%: ‐10% a 6%) e hepatite C (incidência média: 13 casos/100 mil; APC: ‐2%; IC95%: ‐6% a 1%) apresentaram‐se estacionárias.

Discussão/Conclusão: Houve queda na incidência de hepatite A e aumento na hepatite C no Brasil, que atualmente são superior e inferior, respectivamente, às incidências do ESP. As tendências observadas podem ser explicadas pela intensificação das medidas de prevenção da hepatite A e aumento no número de diagnósticos de hepatite C no país. Entretanto, as estratégias de prevenção necessitam ser fortalecidas para atingir a meta de eliminação em 2030.

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