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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
OR‐04
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CARACTERÍSTICAS E PREVALÊNCIA DE HIV/IST DAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL ANTES E DEPOIS DE 72 HORAS APÓS O EPISÓDIO DE VIOLÊNCIA SEXUAL NO HC‐FMUSP, NO PERÍODO DE 2001–2018, SÃO PAULO
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Lani P. Cuello, Maria Ivete Castro Boulos, Vivian I. Avelino‐Silva, Aluísio C. Segurado, Isabelle V.V. Nisida
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: Própria

Sessão: TEMAS LIVRES | Data: 01/12/2020 ‐ Sala: 1 ‐ Horário: 18:45‐18:55

Introdução: A violência sexual (VS) é um problema de saúde pública global e subnotificado. O diagnóstico, tratamento e oferta de profilaxia para infecções sexualmente transmissíveis após o episódio de VS ainda é um desafio pois depende do tempo de chegada profilaxia pós‐exposição para o HIV e dependente da adesão das vítimas para seguimento das outras ISTs.

Objetivo: Descrever as características e prevalência de HIV/IST das vítimas de violência sexual antes e depois de 72 horas após o episódio de violência sexual.

Metodologia: Neste estudo transversal comparamos as vítimas de VS que procuraram atendimento antes e após 72 horas (72h) e em até 6 meses após o episódio de VS. Analisamos variáveis demográficas, clínicas e relacionadas à VS usando testes qui‐quadrado, testes Wilcoxon Rank‐Sum.

Resultados: Foram incluídas 394 vítimas de SV que procuram o NAVIS‐HCFMUSP, em São Paulo, no período de 2001 e 2018. Destas, 216 (76%) eram do sexo feminino, com mediana de idade de 21 (intervalo interquartil‐IIQ 11‐29) anos, 274 (70%) de cor de pele branca. As 120 (30,5%) vítimas que procuraram atendimento após 72h do episódio de VS eram mais jovens 17 (IIQ 7‐29) anos, com menor escolaridade 7 (IIQ 1‐11) anos e mais frequentemente não brancas 43 (36%) e com deficiência física ou mental 14 (12%). Estas também referiram com maior frequência episódios de violência repetidos 29 (25%), próximo ao domicílio 46 (38%) e por perpetrador conhecido 58 (54%). Embora as vítimas que procuram atendimento antes das 72h do episódio de VS sofreram intimidação física com mais frequência 216 (79%), a intimidação verbal 52 (43%) foi mais comum naqueles que procuram atendimento após 72h. O episódio de VS foi reportado às autoridades de segurança pública em apenas 20% dos casos. Os resultados das ISTs pesquisadas foram: herpes vírus 5 (1%), clamídia 9 (3%), gonococo 1 (1%), HPV 6 (12%), tricomonas 0 (0), sífilis 6 (2). Neste estudo não houve diferença da prevalência de ISTs/HIV encontrada nas vítimas que procuram o NAVIS‐HCFMUSP antes e após 72 horas do episódio de VS.

Discussão/Conclusão: As vítimas de VS que chegaram após as 72h eram mais frequentemente indivíduos socialmente vulneráveis. As políticas de saúde devem priorizar as intervenções que visam melhorar o acesso a cuidados médicos para prevenção de ISTs/HIV das VVS.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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