12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: O SARS‐CoV‐2 é um vírus zoonótico, com RNA da ordem Nidovirales, da família Coronaviridae. Esta família de vírus causa infecções respiratórias e foi descrito como tal em 1967, em decorrência de parecer uma coroa na microscopia. Entretanto, o SARS‐CoV‐2, é um novo membro dos coronavirus sendo descrito pela primeira vez no final de 2019. A doença causada pelo SARS‐CoV‐2 chama‐se COVID‐19, esta tem um espectro clínico muito amplo, podendo variar de uma síndrome gripal a uma pneumonia grave. Em Goiânia, os casos confirmados já ultrapassam os 50 mil e ocorreram mais de 3 mil internações. Frente a isso, faz‐se relevante o conhecimento da evolução do número de internações hospitalares e em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na capital goiana.
Objetivo: Descrever o número e o percentual de internações hospitalares e em UTI por SARS‐CoV‐2 no município de Goiânia, no período de abril a setembro de 2020.
Metodologia: A seguinte pesquisa trata‐se de um estudo epidemiológico descritivo. Para obter o número e o percentual de internações hospitalares e em UTI foram usados os dados dos Informes Epidemiológicos COVID‐19 a partir do dia 03/04/2020 ao dia 30/09/2020, através do site da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, disponível em: https://saude.goiania.go.gov.br/goiania‐contra‐o‐coronavirus/, a coleta de dados realizada no dia 26 de outubro de 2020. Os dados foram tabulados utilizando o programa Microsoft Excel e apresentados em valores absolutos e percentuais. Esta pesquisa não necessitou de aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa por usar dados de domínio público.
Resultados: Através da análise dos dados percebe‐se que apesar da rápida ascensão de casos confirmados, no munícipio de Goiânia, houve a diminuição gradual do número de internação hospitalar com a evolução do tempo, sendo abril o mês com a maior média de internação hospitalar (30,4%) e setembro o mês com a menor (7%). Entretanto, entre os casos hospitalizados houve um crescimento do percentual de internações em UTI no mês de março até o mês de junho, partindo de 42% e atingindo 62%, seguido de uma leve diminuição até o final do mês de julho, quando este percentual começou a flutuar entre os 47% e 44%.
Discussão/Conclusão: Verificou que houve redução no percentual de hospitalização, mas entre os casos hospitalizados persistiu o percentual de internados na UTI, sugerindo ainda uma dificuldade na terapêutica e manejo da COVID‐19.