12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: Novos microrganismos têm sido documentados e as infecções têm ressurgido com mais força, especialmente nos centros de terapia intensiva. Infecções relacionadas á assistência á saúde, (IRAS) são consideradas mais graves nessas unidades, sendo assim, é cada vez mais relevante identificar os fatores de risco e principais variáveis relacionados a infecção adquirida nas UTI's
Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico e a prevalência de infecções em pacientes das Unidades de Terapia Intensiva de um Hospital público gerenciado por OSS no ES, durante 4 semanas de monitoramento.
Metodologia: Todos os pacientes com idade superior a 18 anos internados em leitos de terapia intensiva por mais de 24 horas foram incluídos.
Resultados: Um total de 103 pacientes foi estudado. Foram registrados 20 casos de infecção relacionada a assistência à saúde, 14 eventos infecciosos de fora da UTI, ou seja, pacientes admitidos já com infecção debelada, 5 eventos infecciosos desenvolvidos durante a permanência nas UTI”s e 1 evento de outro Serviço de Saúde. Setenta e quatro pacientes (71,8%) receberam antibióticos nos dias do estudo, sendo 20 (19,4%) para tratamento e 54 (52,4%) para profilaxia. Baseado no tipo de infecção, observou‐se que a infecção adquirida na comunidade não ocorreu, infecção hospitalar fora da Unidade de Terapia Intensiva registrada em 14 pacientes (70%), infecção adquirida em outro Serviço de Saúde 1paciente (5%), infecção adquirida na Unidade de Terapia Intensiva 5 pacientes (25%). Quanto ao sítio de infecção, as de Partes moles e osso foram as infecções mais comuns 8 (40%), seguido de PNM 4 (20%), ITU não associada a cateter vesical (15%), ISC 2 NC (10%), 1 flebite (5%), 01 traqueobronquite (5%) e 1 ISC ortopedia (5%). Os agentes mais freqüentemente isoladosforam: ProteusMirabilis (33,3%), Pseudomonas aeruginosa (11,1%) e Staphylococcusaureus (11,1%); meticilina‐resistente), Klebsiella ESBL (11,1%) e Enterobacter Sensível á Cefalosporina de 4° geração (11,1%). Ao final de quatro semanas, a taxa de mortalidade foi de 0% nesses 20 pacientes com infecção.
Conclusão: A taxa de infecção não foi tão alta durante o período de análise nas Unidades de terapia intensiva, a prevalência foi de pacientes admitidos nas UTI's com infecção proveniente de outras unidades do hospital, principalmente pacientes vasculopatas e com pé diabético, seguido das infecções respiratórias.