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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐307
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CANDIDEMIA ASSOCIADA À INFECÇÃO POR SARS‐COV‐2: UM RELATO DE DOIS CASOS
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Luís Arthur Brasil Gadelha Farias, Andrielly Pereira de Sousa Santos, Lisandra Serra Damasceno
Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), Fortaleza, CE, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A candidíase invasiva é uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre pacientes hospitalizados. Durante a pandemia de COVID‐19, o rápido aumento de pacientes que precisam de cuidados intensivos aumentou o risco de infecções fúngicas invasivas. Os dados sobre a associação do novo coronavírus com infecções fúngicas ainda são escassos e podem ser subdiagnosticados.

Objetivo: Aqui, relatamos dois casos de candidemia em pacientes graves com COVID‐19 por meio da revisão de prontuários médicos.

Metodologia: Trata‐se de uma série de casos baseada na revisão de prontuários de pacientes internados no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ).

Resultados: Ambos os pacientes eram do sexo feminino e apresentavam swab nasofaríngeo positivo para SARS‐CoV‐2 por reação em cadeia da polimerase (PCR). O primeiro um paciente de 75 anos com DM2 e HAS, deu entrada na com história de tosse, dispneia e diarreia há 7 dias. Foi tratada inicialmente com ceftriaxona, azitromicina e hidroxicloroquina. Evoluiu com necessidade de ventilação mecânica 3 dias após a admissão. Hidrocortisona e piperacilina‐tazobactam foram iniciados. No entanto, a cultura de urina e hemocultura revelaram Candida glabrata e Candida tropicalis respectivamente. O tratamento foi realizado com fluconazol inicialmente e após com anidulafungina. Porém, o paciente faleceu no 18° dia de internação. O segundo, um paciente de 61 anos com história prévia de HAS, obesidade e fibromialgia, deu entrada na emergência apresentando tosse e cefaleia há 4 dias. Iniciou ceftriaxona, azitromicina, hidroxicloroquina e prednisona. Evoluiu com piora clínica 3 dias após, necessitando de ventilação mecânica e hemodiálise. Meropenem, vancomicina e dexametasona foram realizados por 12 dias. Apesar disso, o paciente apresentou piora clínica. A hemocultura do internamento revelou Candida albicans. A terapia foi iniciada com anidulafungina, no entanto a paciente apresentou defecho desfavorávelo.

Discussão/Conclusão: Entre as infecções fúngicas invasivas, as infecções por Aspergillus foram amplamente relatadas em pacientes graves com SARS‐COV‐2 em UTI. Os pacientes hospitalizados em UTI por COVID‐19 podem compartilhar alguns fatores de risco e doenças subjacentes, como doenças respiratórias crônicas, corticoterapia e dispositivos invasivos. Até onde sabemos, esta é a primeira série de casos relatados de candidemia após infecção por COVID‐19 em pacientes gravemente enfermos. Mais estudos são necessários para entender essa associação e sua importância clínica.

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