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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐310
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ESTUDO COMPARATIVO DA EFETIVIDADE DO MEROPENEM EM PACIENTES SÉPTICOS QUEIMADOS. ADOLESCENTES VERSUS ADULTOS JOVENS
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Thaís Vieira de Camargo, João Manoel Manoel da Silva Jr., Elson Mendes da Silva Junior, Carlos Roberto da Silva Filho, Veronica Jorge Santos, Thiago Camara Oliveira, Adriana Rocha, Vera Lúcia Lanchote, David de Souza Gomes, Silvia Regina C.J. Santos
Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: FAPESP

Nr. Processo: 2018/05616‐3

Introdução: O meropenem é prescrito na terapia das infecções graves causadas por Enterobacteriaceae (EB) e Non‐Enterobacteriaceae (NEB). A farmacocinética está alterada no paciente crítico em terapia intensiva durante o curso clínico do choque séptico.

Objetivo: O racional do estudo foi investigar se o alvo terapêutico é atingido na dose recomendada de Meropenem durante a terapia do choque séptico em grandes queimados adolescentes versus jovens adultos.

Metodologia: Incluíram‐se pacientes queimados (11M/3F) após o acidente por eletricidade/fogo (3/11). Os pacientes com função renal preservada foram distribuídos em grupos, G1: Adolescentes, e G2: Adultos jovens. Na admissão, as características dos pacientes de G1/G2 foram: 16/24 anos, 65/70kg, 44/35% superfície total corporal queimada, SAPS3 58/42, risco de morte 32/6%, medianas. A lesão inalatória ocorreu em 9/14, ventilação mecânica (12/14) e vasopressores foram exigidos em 11/14 pacientes. As culturas foram coletadas antes do início da terapia do choque séptico com meropenem 1g q8h, infusão estendida de 3 horas. Apenas duas coletas de sangue no platô foram realizadas (1,5mL/cada), e a dosagem sérica do analito foi realizada por cromatografia líquida. Os parâmetros farmacocinéticos obtidos dos pacientes nos dois grupos foram comparados aos dados reportados em voluntários sadios. Na abordagem PK/PD, o novo alvo 100%fT>CIM foi considerado para garantir a efetividade do meropenem.

Resultados: Ocorreram alterações da farmacocinética, fase precoce do choque séptico, pela comparação dos pacientes G1/G2 com os dados reportados em voluntários sadios. Evidenciou‐se diferença significativa entre grupos (G1/G2) relacionadas ao volume de distribuição (23/42 L, p=0,0310), e à meia vida biológica (2,7/3,5h, p=0,0035).

Discussão/Conclusão: Os isolados das culturas de sangue, urina e lavado bronco‐alveolar registraram E. cloacae; Proteus mirabilis, K. pneumoniae (EB) e P. aeruginosa (NEB). A cura clínica e microbiológica ocorreu após a infusão estendida da dose 1g q8h para todos os pacientes, considerando‐se ainda os isolados de K. pneumoniae e P. aeruginosa, sensibilidade intermediária, CIM 4‐8mg/L. As alterações significativas que ocorreram entre grupos na farmacocinética do meropenem não impactaram a cobertura do antimicrobiano no alvo terapêutico 100%fT>CIM considerado. O desfecho clínico foi atingido para todos os pacientes (G1/G2). Portanto, a aplicação da abordagem PK/PD baseada na dosagem sérica permite o monitoramento clínico em tempo real de pacientes sépticos em terapia intensiva.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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